Será realizada neste sábado, 30, a apresentação dos documentários “Alberto Lôro” e “História do Cinema Acreano”. Os projetos foram contemplados pelo edital de nº 003/2020 – Audiovisual da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), financiado com recursos da Lei Aldir Blanc.
O evento se inicia às 19h30 no Theatro Hélio Melo, localizado no centro de Rio Branco. É obrigatório o uso de máscaras, álcool em gel e o respeito ao distanciamento social. A capacidade máxima do espaço também foi reduzida a 30% do total. Caso a fluência de público seja grande, será marcada uma exibição extra.
O longa-metragem “Alberto Lôro, o documentário” conta aspectos da vida do músico, instrumentista, compositor e intérprete Alberto Lôro, natural de Cruzeiro do Sul, que faleceu em 2019. Conhecido por suas canções que exaltavam a beleza e o cuidado com o Vale do Juruá, teve composições consagradas em todo o Estado do Acre. O documentário possui relatos de amigos e da família do artista.
O músico Alberan Moraes, irmão de Alberto, relata a preocupação em manter vivo o legado de Lôro. “A gente [Alberan e Adalberto Queiroz] não podia deixar que essa passagem tão frutífera, com tantas músicas bonitas, não fosse documentada. Eu pensei em, ao mesmo tempo, fazer uma homenagem e um registro sobre a vida e as músicas do meu irmão, com os nossos amigos contando a história dele. Agradeço a Deus por ter nos dado essa ideia de gravar um momento de saudade, que nos traz nostalgia e nos dá uma ponte de esperança para passar por esse momento tão difícil que é a pandemia”, conta.
O outro filme exibido é a película “História do Cinema Acreano”, que, como o nome revela, conta a história da cinematografia do estado na bitola 8mm. O diretor Adalberto Queiroz explica que o foco se refere à época em que era realizado esse tipo de cinema e trata dos seus 48 anos de estrada no cinema.
“Os personagens são os próprios atores, então, por exemplo, a personagem de Adalberto Queiroz é o próprio Adalberto. É uma ficção em que revelamos aspectos históricos da nossa trajetória fazendo cinema, destacando os pontos em que nós, com o apoio de instituições importantes como a Fundação Elias Mansour, ajudamos o início do cinema na década de 70”, revela.
Queiroz também relembra como foi aprender a fazer cinema da Rio Branco dos anos 1970: “Nossos únicos parâmetros eram os filmes do Cine Rio Branco, do Cine Recreio e, mais tarde do Cine Acre. Tivemos que aprender tudo do zero: movimentos de câmera, comportamento dos atores e até a disciplina na criação de um filme”.
“História do Cinema Acreano” também trata da atuação de desenvolvimento de políticas públicas que amparassem os fazedores da cultura do cinema e de outros segmentos, para que fossem feitas as fundações, bibliotecas e até de trazer a filmoteca ao Acre.
As películas serão exibidas no Theatro Hélio Melo, um dos 37 espaços administrados pela FEM e cedido aos artistas contemplados pelos editais da Lei Aldir Blanc.