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Tião Bocalom toma posse e inicia mandato como prefeito da Capital; conheça trajetória

Por JORGE BRAUN E SAIMO MARTINS, DO CONTILNET

O prefeito eleito de Rio Branco Tião Bocalom tomou posse nesta secta-feira (1) em cerimônia na Câmara Municipal, ao lado de sua vice, Marfisa Galvão, para a legislatura 2021/2024. Ele recebeu a faixa da ex-prefeita Socorro Neri.

Troca de faixa entre Socorro Neri e Tião Bocalom/Foto: Fagner Delgado

O candidato do Progressistas foi eleito com 100% das urnas apuradas, Bocalom somou 104.746 votos, ou 62,93% dos votos válidos, derrotando a atual prefeita Socorro Neri (PSB), que tinha 61.702 votos (37,07%).

Desde que foi eleito, Bocalom vem causando algumas polemicas em suas falas, a primeira foi a declaração de que que iria acabar com o subsidio dado aos estudantes para utilizem a tarifa de R$1,00 na passagem de ônibus.

A  segunda polêmica foi quando o prefeito anunciou a saída de Rio Branco da Associação dos Municípios do Acre (AMAC). Outra polêmica foi mais recente, o senador Sergio Petecão reclamou em varias entrevistas que Bocalom não o teria procurado nem para agradecer o apoio durante a campanha e muito menos para falar sobre as composições políticas da nova administração, minutos antes da solenidade de posse ninguém sabia se o senador iria participar

Foram muitas disputas eleitorais até a maioria da população apostar no projeto Produzir para Empregar. O ContilNet conta toda essa trajetória a seguir.

Sebastião Bocalom Rodrigues, começou sua vida política ainda fora do Acre em 1980, foi vereador pelo município de Nova Olímpia, no Paraná. Em seguida, Bocalom foi o primeiro prefeito de Acrelândia, de 1993 à 1996. Isso foi só o início da relação política de Tião com o Acre.

No ano de 2000, foi eleito novamente prefeito de Acrelândia, consagrando-se assim como terceiro prefeito do município. Foi prefeito até 2006, quando tentou o Governo do Estado pelo PSDB.

Depois de renunciar ao cargo de prefeito de Acrelândia em 2006, Tião Bocalom concorreu a eleição daquele ano como candidato a governador do Acre pelo PSDB, na coligação Produzir Para Empregar juntamente com os partidos PSDB, PFL, PTB. Contudo, obteve apenas 11,11% e o terceiro lugar, ficando atrás de Binho Marques (PT) e Márcio Bittar (PPS).

No pleito eleitoral de 2008, disputou o cargo de Prefeito do município de Rio Branco, capital acreana, pelo PSDB. Entretanto, alcançou, novamente, o terceiro lugar (22,34%) e não conseguiu disputar o segundo turno, ficando atrás de Raimundo Angelim (PT) e Sérgio Petecão (PMN).

Tião Bocalom e’o novo prefeito de Rio Branco/Foto: Fagner Delgado

Nas eleições de 2010, pleiteou novamente o cargo de governador do Acre pelo PSDB. Desta vez com uma enorme coligação, ‘Liberdade e Produzir Para Empregar’ – PSDB, PMDB, DEM, PSL, PSC, PPS, PMN, PT do B e atingiu 49,18% dos votos válidos no primeiro turno, mas foi derrotado pelo candidato do PT, Tião Viana (PT) que conseguiu obter 50,51% e ganhou a eleição em primeiro turno. Por fim, a diferença de votos entre os candidatos foi inferior a 5 mil votos, assim sendo considerada uma das eleições mais acirradas para o cargo de governador no Brasil contemporâneo.

Novamente concorreu a prefeitura da capital, Rio Branco, em 2012, mais uma vez pelo PSDB e conseguiu classificação para o segundo turno contra Marcus Alexandre, candidato pelo PT. No primeiro turno, sua votação foi de 43,85%, já no segundo turno alcançou 49,81% dos votos válidos, sendo derrotado por uma diferença inferior a 3 mil votos.

Nas eleições de 2014, pela terceira vez seguida, Tião Bocalom foi candidato a governador do Estado do Acre. Desta vez, foi pelo DEM, enquanto o PSDB lançava Márcio Bittar. Mais uma vez com o slogan Produzir Para Empregar em conjunto com os partidos: DEM, PV, PR, PMN, PSTU. Sua coligação conseguiu somente 19,61% dos votos válidos, não conseguindo ir ao segundo turno que foi disputado entre Tião Viana e Márcio Bittar.

Em 2018, Bocalom decidiu apoiar Bolsonaro para presidente e filiou-se ao PSL para disputar o pleito eleitoral daquele ano. Desta vez, escolheu concorrer como candidato a deputado federal. Com o término da votação, descobriu que não foi eleito por conta do coeficiente eleitoral. Ele foi o mais terceiro candidato a deputado federal mais votado em Rio Branco e o mais votado em Acrelândia, onde foi prefeito. Porém, mesmo sendo o quinto mais votado no estado, não conseguiu se eleger.

No ano de 2020, disputando novamente a prefeitura de Rio Branco, desta vez pelo PP com o seu famoso slogan Produzir Para Empregar, atingiu 49,58% dos votos válidos no primeiro turno. No segundo turno, derrotou a então prefeita Socorro Neri (PSB), com mais de 62% dos votos, consagrando-se assim o 33° prefeito de Rio Branco.

Foto: Fagner Delgado

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