Em entrevista a Datena, Cameli pede ajuda internacional para combater Covid-19

Entrevistado pelo programa Manhã Bandeirantes, da Rádio Bandeirantes, nesta quarta-feira, 10, o governador Gladson Cameli expôs a situação vivenciada no Acre em meio à pandemia do coronavírus, ao surto de dengue e à cheia de rios e igarapés.

Ao jornalista e apresentador José Luiz Datena, o gestor afirmou que os casos de Covid-19 seguem em alta e, consequentemente, mantêm a rede pública hospitalar no limite de sua capacidade no atendimento aos pacientes.

Cameli relatou ainda as ações emergenciais que estão sendo feitas pelo governo do Estado para combater o vírus. Segundo o governador, novos leitos de UTI serão abertos em Rio Branco e Cruzeiro do Sul nas próximas 48 horas.

Questionado por Datena em relação ao auxílio que o Estado vem recebendo, Gladson frisou que o momento é crítico e todo tipo de apoio é muito bem-vindo. O gestor solicitou, inclusive, ajuda internacional em prol da população acreana.

“Estamos procurando dar uma resposta imediata à sociedade, mas sabemos que, apesar de todos os investimentos, isso tem um limite. Tenho buscado todos os poderes e instituições para que possamos dar as mãos e virar essa página. Quando se fala em Amazônia, só se fala que estão queimando a floresta, esquecendo que temos aqui mais de 26 milhões de amazônidas”, pontuou.

“No tempo do aumento das queimadas, eu pedi apoio a todos os países da Europa, Estados Unidos e da Ásia, que tanto falam em Amazônia. Agora mesmo, estou fazendo esse mesmo questionamento. Por que [esses países] não abraçam a nossa população?”, completou.

Gladson relatou ainda a necessidade urgente de vacinar a população do Acre. O governador alertou sobre a questão fronteiriça com Bolívia e Peru, além da proximidade com Amazonas e Peru. A saúde pública nos dois estados vizinhos colapsou e pacientes estão sendo transferidos para outras regiões do país.

“Olhem para o Acre com uma visão de proteger o mundo. Temos uma população reduzida, e o que é pouco para o Sudeste, para nós é muito. Por que não aumentar o número de doses?”, indagou.

Ao fim da conversa, Gladson Cameli ressaltou que o Estado segue em busca da contratação de mais servidores para a saúde, sobretudo de médicos, e a dificuldade em encontrar esses profissionais disponíveis no mercado.

 

 

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