O Rio Juruá em Cruzeiro do Sul registrou na tarde desta quinta-feira a maior cheia histórica da cidade, com a marca de 14,27 metros. Mais de 8 mil famílias já foram atingidas, chegando a quase 30 mil pessoas. Desde o início da gestão, a prefeitura montou um plano de contingência para atuar diante da elevação das águas, com total apoio as famílias atingidas. A maior cheia histórica havia sido registrada em 2017 com a marca de 14,24 metros.
“Já imaginávamos que podia ter uma cheia em Cruzeiro do Sul, mas não com essas proporções. Estamos atingindo agora as 17h a cota de 14,27 metros, que é a maior cheia da história da nossa cidade, e há uma tendência de aumentar, pois há fortes chuvas na região de Thaumaturgo, Porto Walter e na região do Moa, isso nos preocupa, mas o que nos acalenta é que nossa equipe está preparada, estamos trabalhando muito nesse sentido”, falou o prefeito.
O Prefeito Zequinha Lima enfatizou que o Decreto de Emergência já foi feito, e agora aguardam apenas o reconhecimento do Governo Federal.
“Fizemos nosso decreto de situação de emergência, estamos aguardando o reconhecimento do Governo Federal. Informei a todos os senadores do nosso pedido que oficializamos hoje, em razão que ficamos 24 horas sem internet, não sendo possível fazer isso antes. Tivemos a informação que nosso governador já teve uma conversa em Brasília com o chefe da Defesa Civil Nacional para agilizar esse processo”, explicou.
De acordo com o prefeito Zequinha Lima mais de 600 pessoas estão alojadas nos abrigos, montados nas escolas da cidade. A gestão tem tomado todo cuidado, colocando cada família em um compartimento, para evitar a proliferação do covid-19. Nos locais as equipes de saúde realizam uma triagem prévia para identificar possíveis casos da doença, antes da instalação.
“Isso requer todos os nossos cuidados, por isso estamos preocupados diuturnamente. Estamos na 17ª escola que se transformou em abrigo, quase 600 pessoas estão alojadas, e com a preocupação a mais da pandemia do covid. Rogamos a Deus que esse rio volte a estagnar para as pessoas voltarem a sua rotina normal”, finalizou.