♪ OBITUÁRIO – Fernando Barboza (30 de dezembro de 1971 – 4 de fevereiro de 2021) era tido como um mestre por muitos músicos.
Além de mestre da escola de música Auê, aberta nos anos 1990, Fernando Barba – como o artista paulistano era conhecido no meio musical – foi um aglutinador, criador de grupo de percussão corporal, Barbatuques, cujo nome significava batuques do Barba.
Surgido em 1997 na cidade de São Paulo (SP), a partir do interesse dos alunos da escola Auê pela percussão corporal, o Barbatuques se mantém em plena atividade, mas, desde abril de 2017, já não contava mais com Barba.
Naquele mês de abril de 2017, Fernando Barba foi diagnosticado com tumor no cérebro e precisou fazer cirurgia. Desde então, o artista vinha lutando há quase quatro anos para minimizar as sequelas neurológicas, optando por abandonar o campo de batalha na madrugada desta quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021.
A morte de Fernando Barbosa, aos 49 anos, em São Paulo (SP), foi comunicada oficialmente em nota do grupo Barbatuques e confirmada em breve texto assinado pela família do artista.
“Embora estejamos em profundo sofrimento, escolhemos ficar com a luz que ele sempre emanou e o legado gigante que deixou”, resumiram os familiares do artista em trecho da pequena nota.
Esse legado foi inventariado pelo próprio Fernando Barba em livro, A vida começava lá – Uma história de repercussão corporal (2019), escrito pelo artista com a irmã, Renata Ferraz Torres, e editado há dois anos.
Nas redes sociais, artistas associados à cidade de São Paulo (SP), como o rapper Emicida e a cantora Mônica Salmaso, estão lamentando a morte do artista.
“O Barba inventava uns padrões de polirritmia com o corpo tão legais que todo mundo queria aprender. Era tanta gente pedindo pra ele ensinar, que ele montou uma turma de alunos. Da turma de estudos nasceu o grupo musical, que só cresceu e se desenvolveu desde então. Rodou mundo se apresentando e ensinando. Quantas belezas!”, saudou o músico e produtor musical Guilherme Kastrup.