Imigrantes que ‘invadiram’ Peru estão sendo presos pela polícia do País

Durante a parte da manhã desta terça-feira, dia 16, o que estava previsto aconteceu na Ponte da Amizade depois de dois dias de tensão entre os imigrantes que se amontoavam pedindo passagem e eram impedidos de entrar no Peru desde quando declarado pandemia em todo o mundo.

O Peru por sua vez, foi um dos países que fecharam suas fronteiras para entrada, mas permitiam que saíssem sem muito protocolo. Devido a proibição, muitos imigrantes de várias nacionalidades, na maioria haitianos, passaram a receber abrigo em uma escola na pequena cidade de Assis Brasil, desde fevereiro de 2020.

Entre 150 e 200 imigrantes se revezavam na escola, enquanto o Município arcava com a maioria das despesas entre alimentação e acomodações, causando uma despesa nos cofres públicos e recebiam pouca ajuda do Governo Federal. Além da atenção necessária para o caso dos imigrantes.

Estes imigrantes, maioria já estavam no Brasil desde 2010, quando fugiram da miséria após o terremoto que devastou o Haiti. Com a chegada da pandemia, muitos ficaram desempregados e alguns, foram iludidos de que poderiam chegar fácil ao Estados Unidos da América, Canadá e países da Europa para recomeçar suas vidas.

O que não contavam, era com a barreira na fronteira do Brasil com o Peru através do Acre. Depois de dois dias, passando por provações, temperes e até fome, resolveram enfrentar as forças de segurança que impediam a entrada.

Após saber que o governo do Peru estaria irredutível em não permitir a entrada, o clima ficou tenso a cada hora, até a manhã desta terça-feira.

Num descuido, os imigrantes passaram pela barreira e mesmo com tiros de alerta para cima e lançamento de gás lacrimogêneo, entraram na pequena cidade de Iñapari (Inhapari em português), mas, passaram a ser detidos pelas ruas.

Informações dão conta que os 150 homens da força de segurança do Peru estão realizando buscas pela cidade, na tentativa de deter e realizar a deportação imediata de todos.

Alguns dos imigrantes falam que querem apenas a passagem pelo país, depois passar pelo Equador ou Colômbia até entrar na América Central, podendo retornar ao Haiti, ou tentar chegar principalmente nos Estados Unidos.

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