ContilNet Notícias

Médico diz que variante do coronavírus que ‘se propaga mais rápido’, já chegou ao Acre

Por EVERTON DAMASCENO, DO CONTILNET

Guilherme Pulici, presidente do sindicato, em entrevista ao ContilNet. Foto: ContilNet

A nova variante do coronavírus que surgiu em Manaus já chegou ao Acre, mas ainda não tem confirmação laboratorial, é o que diz o médico imunologista Guilherme Pulicci, em entrevista ao ContilNet.

Segundo ele, a propagação mais rápida da mutação em comparação à formação anterior do vírus, identificada a partir de estudos, faz com que novos casos surjam em outros Estados em um curto período de tempo – o que justifica sua presença em organismos no Acre.

Guilherme foi o entrevista do ContilNet/Foto: ContilNet

A previsão do especialista é de que o Sistema Único de Saúde (SUS) e a rede privada de assistência colapsem ainda mais.

“A nova cepa se propaga mais rápido. Não há indícios de que ela é mais letal, porém, como se espalha mais rapidamente, vai atingir mais pessoas ao mesmo tempo, fazendo com que os sistemas de saúde não suportem o volume de internações”, defendeu.

Em termos numéricos, Guilherme destacou que o índice de mortes pode aumentar consideravelmente, não porque a letalidade da variante é maior, mas por conta da proporção de pessoas infectadas. “Se antes da cepa o vírus infectava 10 de uma vez, agora serão 20, por exemplo. Com isso, o número de leitos precisa aumentar porque não vai suportar a quantidade de pessoas internadas. Sendo assim, algumas podem morrer sem atendimento especializado”, salientou.

De acordo com informações repassadas pela imprensa nacional e noticiadas em reportagem no ContilNet, a nova cepa já chegou ao estado de Rondônia, que fica a pouco mais de 500 km de distância do Acre.

Sobre a eficácia da vacina no combate à mutação, o imunologista informou que não há comprovação sobre os resultados do imunizante nessa especificidade.

“Não dá pra saber ainda qual o comportamento da vacina em relação à essa variante. Só quando a gente vacinar boa parte da população é que vamos ter essa noção. Se ela frear a transmissão, vamos poder dizer que ela funcionou. Caso contrário, só um grande centro com estudos bem conduzidos poderão chegar a um entendimento mais conclusivo”, finalizou.

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) já enviou à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) seis casos suspeitos da nova variante no Estado.

Sair da versão mobile