Pfizer e BioNTech anunciam eficácia de 100% da vacina contra a Covid-19 em adolescentes

Os laboratórios Pfizer e BioNTech anunciaram nesta quarta-feira (31) que sua vacina contra a Covid-19 demonstrou eficácia de 100% nos adolescentes com idades entre 12 e 15 anos. O imunizante já tinha autorização para ser aplicado em jovens a partir dos 16 anos.

As farmacêuticas explicaram que a vacina desencadeou respostas robustas de anticorpos, “excedendo aquelas registradas anteriormente em participantes vacinados com idade entre 16 e 25 anos”, e foi bem tolerada.

O estudo foi feito com 2.260 adolescentes de 12 a 15 anos nos Estados Unidos. No ensaio, 18 casos de Covid-19 foram observados no grupo placebo contra nenhum no grupo vacinado. Segundo o comunicado, os resultados apontaram forte imunogenicidade em um subconjunto de adolescentes um mês após a aplicação da segunda dose.

As empresas planejam enviar esses dados à Food and Drug Administration (FDA) e para a European Medicines Agency (EMA), agências reguladoras dos Estados Unidos e da Europa, equivalentes à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Planejamos enviar esses dados ao FDA como uma emenda proposta à nossa Autorização de Uso de Emergência nas próximas semanas e a outros reguladores em todo o mundo, com a esperança de começar a vacinar essa faixa etária antes do início do próximo ano letivo”, disse Albert Bourla, Presidente e CEO da Pfizer.

Testes em crianças menores de 12 anos

Na semana passada, as farmacêuticas começaram também os testes em crianças de 6 meses a 11 anos de idade. Os estudos de fase 1/2/3 contínuo visam avaliar ainda mais a segurança, tolerabilidade e imunogenicidade da vacina em três grupos de idade: 5 a 11 anos, 2 a 5 anos e 6 meses a 2 anos.

As crianças de 5 a 11 anos já começaram a receber doses e as empresas planejam iniciar os testes com o grupo de 2 a 5 anos na próxima semana.

Outras vacinas testadas em crianças

Ao menos mais três laboratórios já começaram a testar suas vacinas em crianças e adolescentes. São eles: Oxford/AstraZeneca, Sinovac Biotech (CoronaVac) e Moderna.

No começo de fevereiro, a Universidade de Oxford anunciou o início dos estudos de fase 2 da vacina ChAdOx1 nCoV-19 em crianças e adolescentes – esta é uma das duas distribuídas atualmente no Brasil, em parceria com a Fiocruz. Esse foi o primeiro estudo de um imunizante contra a Covid-19 para esta população.

Na terça-feira (30), a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, afirmou que a instituição apresentará pedido à Anvisa para realização de estudo da vacina de Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19 em crianças.

A farmacêutica chinesa Sinovac Biotech, que desenvolve a CoronaVac em parceria com o Instituto Butantan (SP), afirmou que a vacina se mostrou segura e produziu anticorpos em crianças. Os resultados são de estudos preliminares e não foram publicados em nenhuma revista científica.

A farmacêutica americana Moderna começou em março os testes clínicos de sua vacina contra a Covid-19 em crianças. Os ensaios acontecem nos EUA e Canadá com mais de 6,7 mil crianças com idades entre os seis meses e 12 anos.

 

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