A prefeitura de Rio Branco anunciou nesta terça-feira (2) que aderiu a um consórcio de municípios que planeja a aquisição de vacinas contra a Covid-19 com recursos próprios caso o Ministério da Saúde (MS) não cumpra com sua função de distribuir as doses.
Na segunda-feira (1), o secretário de Saúde, Frank Lima, participou de reunião com outras prefeituras de capitais e de cidades com mais de 100 habitantes para alinhar o projeto.
“Nós, como gestores públicos, nesse momento de pandemia, temos que olhar para todas as oportunidades”, comentou.
A assessoria jurídica da prefeitura vai enviar ainda nesta terça à Câmara dos Vereadores um pedido de autorização para que o poder público municipal esteja habilitado a adquirir os imunizantes direto dos fabricantes.
O secretário não detalhou a quantidade de doses que poderão ser compradas e nem o valor que a prefeitura planeja gastar com a ação. Além de recursos próprios, no montante a ser gasto poderá ter emendas parlamentares e de bancadas, explicou o gestor.
“A gente nesse momento não tem previsão de total, porque precisamos primeiro formar o consórcio, depois saber se tem imunizante e o valor desse imunizante. A partir do valor é que a gente vai poder buscar qual a capacidade que o município tem para fazer as compras e qual a quantidade de doses seria suficiente”, afirmou.
Ainda de acordo com Lima, o ideal é que a capital acreana, que tem cerca de 412 mil habitantes, tenha 80% de sua população imunizada.
Coordenado pela Federação Nacional dos Prefeitos, o consórcio foi criado com base na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou governadores e prefeitos a comprar vacinas de forma independente do governo federal caso este deixe de cumprir com o plano nacional de imunização.