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Brasil sofre apagão, mas vira sobre o Chile e se aproxima de vaga no handebol das Olimpíadas

Por GE.COM

O Brasil está muito perto da vaga no torneio masculino de handebol das Olimpíadas de Tóquio. Neste domingo, a seleção brasileira sofreu um apagão no primeiro tempo, mas montou uma defesa forte apoiada em uma grande atuação do goleiro Ferrugem para arrancar uma virada diante do Chile depois de estar perdendo por seis gols de diferença. Com o placar de 26 a 24, o Brasil venceu para fechar com duas vitórias o pré-olímpico de Podgorica, em Montenegro.

A seleção brasileira agora torce para a Coreia do Sul não vencer a Noruega no fechamento do pré-olímpico, um resultado provável, já que a equipe europeia é uma das melhores do mundo. Em caso de vitória coreana de um a 18 gols de vantagem, o Brasil é eliminado no saldo de gols. Se os coreanos vencerem por pelo menos 19 gols, aí a Noruega que fica fora pelo saldo de gols.

Quem diria lá em 2019, logo depois daquela derrota para o Chile na semifinal dos Jogos Pan-Americanos de Lima, que a revanche do Brasil viria valendo classificação para Tóquio? O Chile tirou do Brasil a chance de brigar com a Argentina pela vaga continental em Lima, mas não acabou com o sonho olímpico, graças à boa campanha brasileira no Mundial de 2019, uma nona posição que rendeu um posto no pré-olímpico herdada após a vitória da Espanha no Campeonato Europeu e do Egito no Africano.

E mesmo depois que o destino recolocou o Brasil no pré-olímpico, a seleção brasileira teve barreiras enormes no caminho para Tóquio. Em 2020, disputas políticas na Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) fez o comando do time ser trocado diversas vezes até o técnico Marcus Oliveira, o Tatá, assumir em outubro. O Brasil ainda enfrentou um surto de coronavírus às vésperas do Mundial do Egito, em janeiro, tirando da competição quatro jogadores e cinco membros da comissão técnica, incluindo o treinador Tatá e o goleiro Ferrugem.

Recuperado da covid-19, Ferrugem foi o destaque do Brasil com grandes defesas no segundo tempo. Até sete metros ele pegou. Fundamental para acordar a seleção depois do apagão do primeiro tempo, Léo Dutra foi o artilheiro do Brasil, com cinco gols. Também fizeram gols: João Pedro (4 gols), Chiuffa (3), Haniel (3), Felipe Borges (2), Rudolph (2), Guilherme Torriani (2), Rogério (2), Henrique Teixeira (1), Gustavo (1) e Pacheco (1).

Já estavam classificados para Tóquio: Japão, Dinamarca, Espanha, Argentina, Egito e Bahrein. As outras seis vagas estão sendo definidas em três pré-olímpicos mundiais. O que o Brasil está com Noruega, Coreia do Sul e Chile. Outro na França com os franceses, Croácia, Tunísia e Portugal. E o último com Suécia, Eslovênia, Argélia e Alemanha, que já garantiu a primeira posição e a vaga.

O JOGO

O Brasil cometeu erros de marcação e permitiu o Chile abrir 3 a 1. A seleção conseguiu o empate com bom desempenho dos pontas Chiuffa e Borges. Aí o Brasil sofreu um apagão. Foram ataques seguidos desperdiçados, e o Chile aproveitou com uma boa movimentação de bola para abrir seis gols de frente (9 a 3). Léo Dutra saiu do banco e recolocou o Brasil no jogo com arremessos potentes de longa distância. O Brasil chegou a diminuir a diferença para quatro bolas, mas voltar a errar na reta final, e o Chile foi para o intervalo com seis gols de vantagem: 17 a 11.

O Brasil arrumou a defesa no segundo tempo. Ainda cometia muitos erros de ataque, mas foi tirando a diferença apoiado nos armadores João e Gustavo. Depois de uma defesa de uma cobrança de sete metros de Ferrugem (18 a 16). O goleiro ainda fez uma grande defesa em um contra-ataque chileno, e o Brasil chegou ao empate com um gol do pivô Rogério (19 a 19). Ferrugem continuou dando show, e o Brasil chegou a virar com Haniel (23 a 22). A vantagem na reta final chegou a três gols para o Brasil. O Chile ainda fez um gol em uma cobrança de sete metros que encerrou o jogo, mas a vitória foi brasileira: 26 a 23.

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