Após muita polêmica nesta quinta-feira (18) envolvendo a possível nomeação do pecuarista Neném Junqueira para a Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio (Sepa), o senador Marcio Bittar disse ter chegado ao seu limite para tentar fazer a reconciliação do governador Gladson Cameli com MDB.
“O Acre é testemunha que mesmo antes da pandemia eu vinha defendendo e fazendo o que eu podia para que aquela aliança vencedora em 2018 cumprisse o seu papel, fizesse aquilo que o povo acreano nos confiou na urna. Mas eu não mando, as pessoas são livres, independentes tomam o seus caminhos”, desabafou Bittar ao ContilNet na noite desta quinta.
O senador disse que há meses foi autorizado pelo MDB a conversar com o governador Gladson Cameli sobre uma possível reconciliação entre o governador e os membros do partido, já que a relação entre eles anda estremecida desde o início do seu governo.
“Conversei com o governador que também mostrou interesse em ter ao seu lado um dos maiores partidos do Brasil, e dai foi feito uma reconciliação com o governo garantindo ao MDB um espaço no governo . Vamos combinar que não é normal um partido do tamanho do MDB não ter espaço no governo. Mas agora vejo que pode ficar difícil de fazer essa união porque enquanto faço uma costura aqui, muitos ‘rasgam’ o combinado lá na frente”, explica Bittar.
E continuou: “Eu fiz o que podia fazer. Se dessa vez não der certo, eu lavo as minhas mãos. O MDB toma o caminho dele, o governador toma o dele e eu tomo o meu, porque se isso não funcionar é porque as pessoas não querem e não vou ser eu que vai ficar teimando com uma coisa que os atores não querem. Só dá casamento quando ambos querem. Espero que aquilo que combinei com o governador aconteça. Que o MDB cumpra a sua parte e o governo também. Se não der certo vou lamentar, mas vou me conformar e não vou tentar mais. Ai cada um que siga o seu caminho”, encerrou Bittar.