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Diretor desmente Petecão sobre ‘sala da morte’ no Into: “É para manter vidas”

Por REDAÇÃO CONTILNET

Após a morte dos dois assessores do senador Sérgio Petecão, por covid-19, e do desabafo feito por ele – também criticando a gestão do Into/AC – sobre a dificuldade enfrentada para encontrar um leito de UTI para um dos infectados pela doença, o responsável pelo hospital lançou uma nota de esclarecimento sobre o caso de Raimundo Nonato da Silva, o Doca, que era o “faz tudo” do senador há 30 anos.

Doca morreu nesta quarta-feira (4), depois de Carlos Alberto Nascimento, que foi a óbito no dia 1 de março.

Petecão disse que ficou muito triste “só em imaginar o que as pessoas estão passando nestas unidades de saúde” [SIC].

“O paciente R. N. S. L., de 58 anos, foi admitido no Pronto Atendimento do Into, em Rio Branco, no dia 21 de fevereiro, às 11h48, após ter sido encaminhado do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), com saturação de O2 de 86% e 40% de comprometimento pulmonar. Com sintomas de Covid-19 há oito dias, o paciente estava em tratamento domiciliar, sem melhora. Naquele mesmo domingo, 21 de fevereiro, foi internado no Hospital de Campanha do Into, iniciando tratamento com O2 15l/mim em máscara-reservatório, ventilação não invasiva (VNI) e tratamento medicamentoso de suporte”, diz a nota.

O médico Osvaldo Leal, gestor da unidade, também afirmou que a sala vermelha onde o assessor Doca foi internado “dispõe de todos os equipamentos e assistência ofertados em um leito de UTI, destinada a manter a vida do paciente enquanto é providenciada a transferência” – contrariando o que disse o senador, ao chamar o espaço de “sala da morte”.

Confira a nota na íntegra: 

O paciente R. N. S. L., de 58 anos, foi admitido no Pronto Atendimento do Into, em Rio Branco, no dia 21 de fevereiro, às 11h48, após ter sido encaminhado do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), com saturação de O2 de 86% e 40% de comprometimento pulmonar.

Com sintomas de Covid-19 há oito dias, o paciente estava em tratamento domiciliar, sem melhora.

Naquele mesmo domingo, 21 de fevereiro, foi internado no Hospital de Campanha do Into, iniciando tratamento com O2 15l/mim em máscara-reservatório, ventilação não invasiva (VNI) e tratamento medicamentoso de suporte.

Evoluiu com piora do quadro, sendo indicado no dia 2 de março procedimento de intubação orotraqueal (IOT), em sala vermelha, com suporte de ventilação e monitoramento, sendo-lhe solicitada vaga de UTI.

Na quarta-feira, dos 26 leitos existente de UTI no Into, 24 (92,3%) estavam ocupados. Dos 90 leitos clínicos existentes, 72 (80%) estavam ocupados, conforme dados do boletim de Acompanhamento da Ocupação de Leitos em decorrência da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Importante destacar que a chamada sala vermelha dispõe de todos os equipamentos e assistência ofertados em um leito de UTI, destinada a manter a vida do paciente enquanto é providenciada a transferência.

Após a intubação, manteve instabilidade hemodinâmica e no início da noite de quarta-feira, 3, teve parada cardiorrespiratória (PCR) após broncoespasmo severo não revertido com os protocolos de broncoespasmo e ressuscitação cardiopulmonar.

O óbito foi constatado às 19h10 de quarta-feira.

Rio Branco-AC, 4 de março de 2021.

Dr. Osvaldo Leal
Diretor Técnico do Into Acre

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