18 de abril de 2024

Estudante nota mil na redação do Enem diz que se inspirou na avó: ‘Nunca desistir’

A amazonense Gabriela Traven, de 17 anos, é uma das 28 pessoas em todo o Brasil que alcançaram nota mil na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020. Natural de Manaus, ela concluiu o ensino médio no ano passado e pretende usar a nota obtida para cursar Medicina.

No Amazonas, quase 70% dos mais de 163 mil inscritos deixaram de realizar as provas, que foram aplicadas nos dias 22 e 23 de fevereiro.

Gabriela contou ao G1 que o ano de 2020 foi marcado por desafios, por conta da pandemia do novo coronavírus. Com aulas em casa em período integral, ela disse que várias vezes teve dificuldade para continuar os estudos, mas sempre teve a avó paterna como exemplo de superação.

“Me inspiro muito na minha avó. Ficou viúva muito cedo, criou e cuidou de dois filhos sozinha. Muitos acharam que ela não iria conseguir, mas ela provou que estavam errados. Colocou os filhos em uma escola boa. Sempre teve que trabalhar muito, mas nunca deixou de ser presente”, disse.

“Ela é minha melhor amiga, me ensinou a nunca desistir. E foi nela que sempre me inspirei”.

Sobre o tempo que passou estudando, Gabriela afirma: “Tem assuntos que você vê por duas horas, e é suficiente. Tem matéria que você precisa passar dias estudando. Sempre prezei muito pela qualidade e não pela quantidade. Em alguns dias e tinha aula integral e também aos sábados. Fora da sala de aula, eu estudava quando sobrava tempo”.

Antes, os planos de Gabriela eram de fazer um intercâmbio, cursar faculdade no exterior, mas agora, por conta da pandemia do novo coronavírus e do “novo normal”, tudo ainda é muito incerto, segundo ela.

Por enquanto, a estudante, filha de uma médica e de um administrador, disse que pretende tentar cursar faculdade de Medicina.

Desafios

Gabriela concluiu o ensino médio em dezembro do ano passado, no Colégio Lato Sensu, da rede particular de ensino. Ela contou que, por conta da pandemia, teve de se adaptar a um novo normal, sem as aulas presenciais.

“Esse ano foi bem diferente. Sempre passei muito tempo na escola, na aula ou na biblioteca, praticamente o dia todo. Ficar e estudar em casa foi sair da zona de conforto, desafiador. Senti falta de interação humana, além de ter que ficar o dia todo no computador, estudando. É bem diferente de estudar presencial”, comentou.

Mesmo com a saudade da sala de aula e dos colegas de classe, Gabriela conseguiu manter o foco, seguir o exemplo da avó e nunca desistir. Agora, ela pretende dar continuidade aos estudos, no curso de Medicina, e seguir os passos da mãe.

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