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No AC, cresce participação feminina em espaços de poder e de tomadas de decisões

Por LEANDRO CHAVES, DO CONTILNET

Quando o assunto é participação feminina em espaços de poder e de tomadas de decisões, o Acre registra números cada vez mais positivos. É o que diz o estudo “Estatísticas de Gênero: Indicadores Sociais das Mulheres”, divulgado nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Prova disso é que 50% da bancada acreana na Câmara dos Deputados, em Brasília, é formada por mulheres. Na legislatura passada, entre 2015 e 2018, esse percentual era de apenas 12,5%.

Integram o time feminino na Casa do Povo as parlamentares Mara Rocha (PSDB), a mais votada entre os oito, Perpétua Almeida (PCdoB), que está em seu quarto mandato, além de Jéssica Sales (MDB) e Vanda Milani (Solidariedade).

Em 2018, 34,5% das candidaturas para deputado federal foram de mulheres, contra 33,8%, em 2014.

O número de prefeitas acreanas também subiu nas Eleições de 2020, quando três mulheres (13,6%) chegaram ao comando de suas cidades. São elas Fernanda Hassem (PT), de Brasiléia, Rosana Gomes (PP), de Senador Guiomard, e Maria Lucinéia (PDT), de Tarauacá.

Em 2016, apenas duas (9%) foram eleitas: a brasileiense Fernanda Hassem e Marilete Vitorino (PSD), de Tarauacá.

Embora permaneça com apenas duas vereadoras em relação à legislatura anterior, a Câmara de Rio Branco teve uma mulher como a mais votada. Michelle Melo (PDT) conquistou mais de 3.500 votos para seu primeiro mandato, chegando ainda ao posto de vice-presidente da mesa diretora da Casa.

Na Assembléia Legislativa do Acre (Aleac), o número de mulheres eleitas nos dois últimos pleitos também se manteve, com quatro cadeiras. No entanto, em 2020, a bancada feminina sofreu uma baixa após a deputada Juliana Rodrigues (Republicanos) ser cassada por crime eleitoral.

Permanecem no parlamento estadual Maria Antonia (Pros), Meire Serafim (MDB) e Antonia Sales (MDB).

Além disso, uma das três vagas pelo Acre no Senado Federal é ocupada por uma mulher. Mailza Gomes (Progressistas) foi eleita suplente do então senador Gladson Cameli, que assumiu o governo em 2018. Ela é a quarta acreana a exercer mandato naquele parlamento. A última foi Marina Silva (Rede), eleita em 1994, quando era filiada ao PT.

Apesar desse crescimento, as mulheres ainda enfrentam sub-representação, uma vez que são maioria da população. Em 2020, de cada dez vereadores eleitos no Acre, apenas duas são mulheres. Houve aumento de menos de 5 pontos percentuais em relação a 2016, informa o IBGE.

O estado com o menor percentual de vereadoras eleitas em 2020, foi o Rio de Janeiro, com 9,8%, e o que apresentou o maior percentual o Rio Grande do Norte, com 21,8%, informa o estudo.

Outros espaços

Em 2019, no Acre, 46% dos cargos gerenciais no setor público e privado eram ocupados por mulheres, ainda segundo o IBGE.

De acordo com a Estadic 2019, no Acre as mulheres representavam, no final de 2018, 14,2% do efetivo ativo das polícias militares e civis das Unidades da Federação. O estado com a menor participação feminina no somatório do efetivo era o Rio Grande do Norte, com 5,3%, e a que tinha a maior participação era o Amapá, com 24,3%.

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