Um dos clubes épicos e recheado de craques lendários do futebol acreano completa neste 1º de março 55 anos de fundação. Trata-se do Atlético Clube Juventus, agremiação fundada no ano de 1966, dois anos após o Golpe Militar de 1964, mas afastado dos gramados desde 2014.
Nascido pelas mãos de Elias Mansour Simão Filho, José Aníbal Tinôco, padres Antônio Anelli e Mário, Dinah Gadelha Dias, Valter Félix de Souza (Té), Iolanda Souza e Silva, Dona Hilda e jogador Touca, o Juventus iniciou sua construção, conforme relatos escritos numa crônica do jornalista Francisco Pinheiro “Dandão”, em meados da década de 1960, numa escola da Av. Epaminondas Jácome, no centro de Rio Branco, onde estudavam vários meninos bons de bola. A direção da escola, que se chamava Instituto Nossa Senhora das Dores, popularmente conhecida como Colégio dos Padres, resolveu criar o time para aproveitar o potencial dos referidos garotos.
De junho de 1965 a janeiro de 1966, aquela equipe de garotos fez seis jogos no interior. Em Sena Madureira, venceu o Comercial (duas vezes) e a seleção local por, respectivamente, 3 a 2, 3 a 1 e 3 a 1. Em Boca do Acre, venceu a seleção municipal por 5 a 2. E em Xapuri, venceu duas vezes a seleção da cidade, ambas por 3 a 2.
Com tanto sucesso, segundo escreveu o jornalista Francisco Dandão, surgiu a ideia de fundar um time para disputar as competições oficiais que eram patrocinadas pela Federação Acreana de Desportos (FAD). Portanto, foi neste cenário que surgia no sul da Amazônia o Atlético Clube Juventus, agregando os meninos do Colégio dos Padres com outros jogadores mais experientes.
No ano de fundação, o Juventus mostrou que seria um clube vencedor ao levar para casa o troféu de campeão, a primeira de nove conquistadas na época do futebol amador (os outros oito títulos vieram em 1969, 1975, 1976, 1978, 1980, 1981, 1982 e 1984).
Com a implantação do futebol profissional a partir de 1989, o Juventus, apesar de vencer as duas primeiras temporadas (1989/1990), resolveu, surpreendentemente, pedir afastamento dos gramados por dois anos: 1992 e 1993.
O clube retornaria à disputa do estadual de 1994, mas não conseguiu superar o campeão Rio Branco. O troco do rubro-negro ocorreu em dose dupla, com a conquista do bicampeonato de 1995/1996.
No ano seguinte, a cena voltou a se repetir e nem o fato de ser o bicampeão do estado impediria que os dirigentes juventinos voltassem a retirar o clube dos gramados.
Foram seis anos de ausência, com o time rubro-negro dando as caras novamente somente na temporada de 2003, mas pedindo novo afastamento de um ano na temporada 2007.
Nas seis temporadas seguintes (2008/2013), ao menos uma vez, o torcedor do Juventus então pôde soltar o grito de campeão, quando o time venceu a temporada 2009.
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(Foto: Acervo Manoel Façanha)