NÃO ABALOU A ESTRUTURA
A saída do ex-chefe da Casa Civil, Ribamar Trindade, poderia ter sido um baque no governo, não apenas pela capacidade técnica, mas por Trindade conhecer a estrutura do governo como outros secretários da atual gestão não conheciam. Para a felicidade de Gladson, não foi o que aconteceu.
CORINGA
Em substituição a Ribamar, Gladson confiou o cargo ao conterrâneo Flávio Silva, um fiel escudeiro de trabalho desde os tempos de Planalto Central. Na gestão de Cameli como governador, Silva desempenhou a função de diretor administrativo e financeiro no Deracre e na Secretaria de Estado de Infraestrutura e do Desenvolvimento Urbano (Seinfra). Quando Gladson foi deputado federal e senador, Silva o assessorou. Passados mais de dois meses na nova missão, a aposta, ainda que interinamente, pelo visto deu certo e Flávio tende a ser efetivado na função.
MISSÃO COMPLICADA
Esse espaço de poder é extremamente delicado por conta dos egos com que o chefe da Casa Civil precisa lidar. Quando o ocupante não está estampando as manchetes de sites, sinal de que vai bem. Esse é o caso de Flávio.
CONQUISTOU RESPEITO
Quem circula pelos corredores do governo, ouve opiniões positivas. Flávio Silva conseguiu apaziguar ânimos de alguns setores do governo, dialoga com todo mundo com simplicidade e sem diferenciação. É conhecido por ser de bom trato. Conseguiu a simpatia até da base governista, que não é de toda muito afável.
PRA CIMA
Após o anúncio da compra de 700 mil doses de vacina, até o semblante do governador Gladson Cameli mudou. Ainda que o estado permaneça em uma situação delicada, a esperança de brevemente termos dias melhores aparentemente acalmou Gladson.
FEZ O QUE PÔDE
O colapso no serviço público de saúde foi no Brasil inteiro, o Acre não é vítima sozinho, como é de conhecimento de todos, mas uma coisa precisa ser dita: a gestão local conseguiu evitar um cenário ainda pior, como o do Amazonas.
RECONSTRUINDO A BASE
Gladson parece que também encontrou um tempo para reunir com líderes partidários para discutir uma recomposição de espaços no governo. É natural, os que estão querendo sair do governo, deixarão uma lacuna que deverá ser ocupada por quem quer apoiar a gestão de Cameli.
SÓ ACREDITO VENDO
Sobre essa dança das cadeiras no governo, só acredito mesmo que o MDB estará no palanque de Gladson em 2022 quando sair uma foto dos caciques emedebistas, Vágner Sales, Flaviano Melo, Mazinho Serafim e Márcio Bittar juntos com Gladson. Dos quatro, apenas o último é fiel ao projeto de Cameli desde o início de seu mandato.
MAIS UMA TRETA
Desta vez não foi o Bope, mas o Policiamento da Prefeitura de Rio Branco que foi para cima dos trabalhadores. No Centro da capital, camelôs e funcionários da fiscalização municipal promoveram uma breve confusão na manhã desta quarta-feira,31, no Calçadão da Benjamin Constant. Por sorte dessa vez ninguém saiu ferido.
PASSANDO VERGONHA
“Salve 31 de março de 1964. O dia em que o Brasil disse não ao comunismo”, disse o Coronel Ullysses Araújo, em postagem no Instagram. A data simboliza o início do golpe promovido pela Ditadura Militar no Brasil, e que vigorou entre 1964 a 1985, anos de censura e tortura, com governos que tolhiam as liberdades individuais e o pensamento crítico. Segundo levantamento da Human Rights Watch (HRW), vinte mil pessoas foram torturadas. Dados oficiais do governo brasileiro apontam que 434 pessoas foram mortas ou seguem desaparecidas, e 4.841 representantes eleitos pelo povo foram destituídos de seus cargos.