O Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) realiza na terça-feira (23) assembleia geral extraordinária remota com membros da categoria para avaliar possíveis protestos contra o governo do Estado.
O motivo, segundo o órgão, é a falta de cumprimento das demandas solicitadas nos últimos dois anos, escassez de equipamentos de proteção individual (EPIs) e medicamentos.
“Em Xapuri, a partir de abril, o hospital passará a ter apenas um, apresentando ainda buracos na escala, obrigando profissionais atuarem por mais de 24 horas de forma ininterrupta”, diz o Sindmed, em comunicado à imprensa.
“A situação deve se complicar ainda mais, pois o Serviço Móvel de Urgência (Samu) que atende o município não possui médico, obrigando o profissional a abandonar o hospital para transportar paciente, deixando a cidade sem um plantonista”, continua.
O Pronto-Socorro de Rio Branco também estaria sofrendo com problemas, entre eles a escassez de sedativo para a intubação de pacientes, denúncia que o governo nega. “Ainda falta bomba de infusão (que faz a infusão de medicamentos ou alimentos para serem injetados de forma regulada no paciente) e equipo de PVC (para aferição da Pressão Venosa Central)”.
“Os profissionais se encontram exaustos e pressionados por longas jornadas de trabalho para cobrir os buracos das escalas, estão sendo contaminados e ainda são penalizados pelo governo por negar insumos necessários para oferecer atendimento aos pacientes”, disse o presidente do Sindmed-AC, Guilherme Pulici.
Ele disse também que os servidores ainda estão sendo penalizados pela interrupção do pagamento do adicional Covid e o não pagamento do adicional por insalubridade.