O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (25/3) que a nova rodada do auxílio emergencial começará a ser paga na próxima semana, no dia 4 ou 5 de abril.
O retorno do benefício será em quatro parcelas, com valores específicos conforme o perfil de quem recebe. O valor médio dessa rodada é de R$ 250, mas pode variar de R$ 150 a R$ 375 a depender da composição de cada família.
Crítica a governadores
Em fevereiro, Bolsonaro defendeu que os governadores que “fecharem” os seus respectivos estados devem arcar com os custos do auxílio emergencial.
“O auxílio emergencial vem por mais alguns meses e, daqui pra frente, o governador que fechar o seu estado, o governador que destrói emprego, ele é que deve bancar o auxílio emergencial. Não pode continuar fazendo política e jogar para o colo do presidente da República essa responsabilidade”, disse o presidente durante um evento no Ceará.
Além disso, durante conversa com apoiadores, na última semana, o presidente criticou os governadores que criaram programas próprios de auxílio emergencial.
“O que nós temos mais de sagrado é a nossa liberdade. Parte da imprensa deturpou quando falei como é fácil ter uma ditadura no Brasil, no ano passado, naquela sessão que vazou. O pessoal vai devagar tirando seu ganha pão, você passa a ser obrigado e ser sustentado pelo Estado. Tem governador agora que está falando em auxílio emergencial, querem fazer o Bolsa Família próprio. Quanto mais gente vivendo de favor de Estado, mas dominado fica esse povo”, disse Bolsonaro.
O benefício em 2020
Em 2020, o auxílio emergencial socorreu 68 milhões de cidadãos diretamente, totalizando um gasto público sem precedentes, que atingiu montante superior a R$ 300 bilhões em pagamentos. Os beneficiados receberam ao menos cinco parcelas de, no mínimo, R$ 600.
Em setembro, o governo decidiu prorrogar o auxílio até dezembro no valor de R$ 300, mas redefiniu as regras e só 56% dos aprovados fora do Bolsa Família tiveram direito a receber mais quatro parcelas extras.