Pró-ivermectina, empresário que produz Sputnik V no Brasil critica Anvisa e diz que Bolsonaro não nega ciência

O empresário Fernando Marques diz que está indignado. Ele é dono e presidente da União Química, farmacêutica brasileira que fechou um acordo com o governo russo para fabricar e distribuir a vacina Sputnik V no Brasil e na América Latina.

Contrariado com as exigências feitas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que após mais de dois meses depois da União Química fazer o pedido de uso emergencial da vacina russa diz que a empresa ainda não forneceu todos os dados necessários e que, sem isso, não pode sequer começar a analisar o caso, o empresário decidiu cancelar a primeira solicitação e dar entrada em um novo pedido de uso emergencial na sexta-feira (26/4).

Sua aposta é que a agência agora terá que analisar seu pedido conforme determina uma nova lei aprovada no início do mês pelo Congresso, que prevê um parecer da Anvisa em até sete dias para um pedido de uso emergencial de um imunizante que tenha sido aprovado por agências reguladoras renomadas, entre elas a da Rússia.

“Pelo menos, agora tem a lei e a gente espera que ela seja cumprida”, diz Fernando Marques em entrevista à BBC News Brasil.

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