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Rocha diz que líder tem ambições políticas para 2022 em plena pandemia é “menino buchudo”

Por EVERTON DAMASCENO, DO CONTILNET

Major Rocha foi vice-governador do Acre/ Foto: Odair Leal

O vice-governador Major Rocha também aproveitou a ocasião em que as discussões sobre as articulações políticas estão rolando em plena pandemia para se posicionar sobre o assunto.

De acordo com ele, a tentativa de antecipar o debate eleitoral de 2022 é vista com muita preocupação – referindo-se às questões levantadas pelo atual governador Gladson Cameli e o senador Sérgio Petecão (PSD) sobre possíveis concorrências no próximo pleito e alianças partidárias.

Rocha afirma que também foi alvo de especulações, quando seu nome teria sido colocado com parte de uma das pré-candidaturas.

“É como se não estivéssemos atravessando uma crise sanitária sem precedentes e com risco de agravamento. Penso que não é hora de adivinhações, de quem vai estar com quem. Já fizeram isso comigo, foram diversas notas irresponsáveis afirmando que eu seria candidato a cargo x ou y. Nunca toquei nesse assunto para ninguém”, enfatizou.

Em nota divulgada, o major da Polícia Militar alfinetou, sem citar nomes, gestores que estão à frente do combate à pandemia e elogiou o esforço da bancada federal do Acre – na qual sua irmã, a deputada federal Mara Rocha (PSDB), está inserida.

“É bom que se diga que o papel de um verdadeiro líder é coordenar todas as forças para minimizar o estrago que essa pandemia tem causado. E nesse aspecto, ações pueris não ajudam”, salientou.

“Não podemos excluir ninguém desse esforço, muito menos a nossa bancada federal que tem demonstrado o compromisso na luta por recursos. O líder tem que se portar com a grandeza de um magistrado, que toma decisões firmes e sensatas, sem a tibiez e a inconstância dos imberbes. Não é dado ao líder agir como aquele menino buchudo, que é dono da bola e do campinho de peladas. Aquele que com a bola debaixo do braço escolhe quem vai e quem não vai jogar no seu time. Não podemos deixar que ambições políticas excluam quem tem possibilidade de nos ajudar”, continuou.

Rocha citou como exemplo do que uma gestão não eficiente pode causar o fato ocorrido em Sena Madureira, na tarde desta terça-feira (23), quando uma idosa ficou agonizando do lado de fora de uma unidade de Saúde com sintomas da covid-19.

“É preciso responsabilidade com o nosso povo, esse que está enfrentando todo tipo de dificuldade no tratamento da COVID-19. Para refletir: Esse momento de caos que vivemos, cenas com a daquela senhora agonizando em Sena Madureira, poderiam ter sido evitadas se tivéssemos um planejamento. Se não agíssemos a reboque dos acontecimentos. Afinal ainda temos dinheiro na conta do Estado para combater essa pandemia, logo não se justifica as cenas que estamos acompanhando com frequência”, escreveu.

Ao final, ele sugere um pacto entre todos os atores políticos do Acre.

“Não é honesto alguém que já tomou a vacina e tem alguma certeza neste mar de incertezas gerado pela COVID-19. Para quem não tomou essa vacina, cabe-nos lutar pela chegada de novas doses e a vacinação e massa. Quero sugerir um pacto entre todos os atores políticos, um esforço conjunto para viabilizar mais recursos e vacinas. E que esse debate eleitoral fique para o momento certo, para depois que juntos virarmos essa triste página da nossa história”, encerrou.

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