A Polícia Civil prendeu nesta segunda-feira (29) dois suspeitos de estarem envolvidos no homicídio de um adolescente de 17 anos, ocorrido em 1º de agosto do ano passado. De acordo com a polícia, os suspeitos, que fazem parte do Primeiro Comando do Panda (PCP), mataram Riquelme William Barbosa por engano.
Durante a manhã desta segunda-feira, a Delegacia de Homicídios cumpriu mandados de prisão preventiva e busca e apreensão domiciliar em três pontos da capital.
Em coletiva de imprensa, a delegada Leisaloma Carvalho, responsável pela operação, explicou que os desdobramentos das investigações do assassinato do jovem Riquelme revelaram que os suspeitos eram membros do PCP.
“A ordem para matar a vítima veio de dentro do presídio. Essa ordem foi dada por uma pessoa que tem forte influência dentro dessa organização criminosa, inclusive ele já foi investigado nesta delegacia com envolvimento da morte daquele decapitado. A diferença neste caso é que Riquelme (vítima) não era mais integrante da facção rival, não tinha envolvimento no crime, se trata de um jovem de 17 anos que não tinha passagem policial nem sequer era usuário de drogas e foi morto por engano, erroneamente e de forma covarde”, pontua.
A vítima foi morta sete dias antes de completar 18 anos, logo depois de ir a um barbeiro, e se dirigir à casa de um amigo. Foi nesse momento que os dois integrantes do PCP se aproximaram em uma motocicleta e atiraram contra o menor.
Os disparos da arma de fogo foram realizados por um adolescente, também de 17 anos, afirma a delegada. Ela disse que o pedido de internação do menor já foi feito. O piloto da motocicleta usada no crime teve a prisão preventiva feita.
“Nesta segunda-feira, na casa dessa pessoa encontramos drogas enterradas no quintal. Essa pessoa, além de estar sendo presa por conta do inquérito, também foi presa por flagrante em tráfico de entorpecentes”, explica Leisaloma.
Tanto a arma quanto a motocicleta foram disponibilizadas pelo pai do mandante do crime. Ele também foi preso preventivamente.
“Infelizmente a vítima estava naquele local na hora errada, foi confundido com um integrante do Comando Vermelho que ia ser morto. Conversamos com esse integrante do CV, ele disse que sabia que estava jurado de morte”.
Já o mandante do crime, Rafael Ribeiro dos Santos, conhecido como Bodó, Ruan ou “B”, de acordo com Leisaloma, estava preso e conseguiu fugir do presídio depois do crime.
“O mandante era do regime diferenciado de cumprimento de pena, que fugiu logo após o cumprimento deste delito e está foragido. Representamos pela prisão de Rafael. Estamos no intuito de localizar esse infrator de altíssima periculosidade e com envolvimento em outros homicídios que estão sendo investigados nesta delegacia”, afirma.