Carol começou a andar e falar aos oito meses de vida. Aos três, já sabia ler e escrever. O vestibular seria fichinha? Ela passou aos 16 e se formou em odontologia aos 20. Todos os feitos, acima da média, tinham uma explicação: Carol é neurodiversa. Mas isso ela só descobriria muito tempo depois, trabalhando como dentista, no auge de uma crise gravíssima.
“Eu tinha muita dor de cabeça todos os dias e vomitava entre um paciente e outro. Me jogava no chão ou ia para o banheiro e tirava os sapatos. Se eu não estivesse atendendo, você iria entrar na minha sala e eu estaria descalça, com a luz apagada. Era assim. Eu passava mal todos os dias. Aí fui tendo muitos problemas”, conta.
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