Base de Gladson, MDB assina em peso a favor de CPI: “Não sou traidor”, diz Duarte

O requerimento para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar indícios de corrupção na Secretaria de Educação, Esportes e Cultura (SEE) do Acre contou com a assinatura de toda a bancada do MDB, partido que é base do governo Gladson Cameli (Progressistas).

Dos nove nomes que subscreveram a proposta, três são emedebistas: Roberto Duarte, Antonia Sales e Meire Serafim. O primeiro sempre negou que seja membro da base e se coloca como deputado independente.

“Nunca fui base da atual gestão. Já me coloquei e discursei como independente, que defende os interesses da população. Não sou contra o governo, sou contra a corrupção, o caos e as ideias que mais dividem nosso estado hoje”, disse o parlamentar, durante coletiva de imprensa sobre a CPI.

Ele disse ainda que não se sente traidor. “Respeito o governo. Agora os desmandos, corrupção, não irei aceitar”, reforçou.

Antonia Sales também tem atuação relativamente independente na Aleac. Nesta terça (20), ela fez um discurso indignado sobre o atraso no pagamento de cerca de dois mil servidores terceirizados ligados à Educação. As empresas alegam que o governo não fez o repasse. O assunto motivou a deputada a assinar o requerimento para criação da CPI.

Por fim, Meire Serafim, que tem atuação discreta na Casa do Povo, é esposa do prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim, também do MDB. O gestor municipal possui desavenças públicas com o governador e já declarou que não irá apoiá-lo na reeleição em 2022.

Embora tenha havido ao longo dos últimos meses desencontros entre governo e MDB, deu-se início recentemente a uma reaproximação, o que garantiu uma secretaria ao partido. Neném Junqueira, recentemente empossado secretário de Produção e Agronegócio (Sepa), não é filiado à sigla, mas é uma indicação direta do senador Márcio Bittar, escalado pela legenda para tocar as pazes com Gladson.

Porém, essas tratativas pouco ou nada impactaram no comportamento dos deputados emedebistas na Aleac, que ora votam com o governo, ora se rebelam.

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