Bolsonaro usa helicóptero fora da agenda e, sem máscara, provoca aglomeração

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mobilizou dois helicópteros oficiais para, fora da agenda, viajar neste sábado (17) para a cidade de Goianápolis (GO), a cerca de 190 quilômetros de Brasília.

Sem o uso de máscara, o presidente decolou do Palácio do Alvorada e pousou em um campo de futebol cercado, em torno do qual pessoas de todas as idades se aglomeraram para receber os seus cumprimentos.

Contrariando protocolos sanitários, Bolsonaro, que não usava máscara, estendeu a mão a várias pessoas que se espremiam na grade, incluindo idosos, do grupo de risco da Covid-19.

Pelo que é possível ver nas imagens transmitidas na internet, Bolsonaro tirou fotos, apertou ao menos 144 mãos, passou a mão em seu rosto, tocou a cabeça de jovens e botou na cabeça o chapéu de uma criança antes de carregar um bebê no colo.

O Brasil registrou 3.070 mortes pela Covid e completou, nesta sexta-feira (16), 31 dias com média móvel de óbitos acima de 2.000 por dia.

A visita de Bolsonaro foi transmitida ao vivo pelo deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), líder do PSL.

Com o agravamento da pandemia, no começo de março o governo deu início ao “Plano Vacina”, uma estratégia de marketing para transformar Bolsonaro de líder de movimento antivacina em alguém que não se limita a criticar medidas de distanciamento social e a recomendar uma cesta de medicamentos ineficazes.

Bolsonaro passou a aparecer de máscara em algumas ocasiões, repete ações de seu governo ao longo da pandemia e procurou fazer parceria com o Congresso, que deu diversos sinais de que havia perdido a paciência com a condução do presidente no enfrentamento à pandemia.

Apesar da queda da média móvel de mortes pelo quarto dia consecutivo, nesta sexta (16), o dado permanece elevado: 2.870 mortes por dia nos últimos sete dias. A média móvel é um instrumento estatístico usado para amenizar variações de dados. Ela é obtida pela soma de todas as mortes dos últimos sete dias e divisão do resultado por sete.

A média completou, nesta sexta, 86 dias acima de mil mortes por dia.

Os dados do país, coletados até as 20h, são fruto de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diariamente com as secretarias de Saúde estaduais.

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