A moradora do bairro Jardim Primavera, em Sena Madureira, Amélia de Souza, de 53 anos, procurou a reportagem do ContilNet nesta quinta-feira (1) para fazer uma denúncia a respeito da suposta falta de divulgação do calendário de vacinação contra covid-19 pela Prefeitura Municipal.
De acordo com ela, idosos estão deixando de ser vacinados porque o executivo não divulga nas redes sociais e nos demais veículos de comunicação a faixa etária que deve ser imunizada diariamente.
“Não existe divulgação em nenhum lugar e os idosos não sabem quando devem ser vacinados. Não escutamos nada nos programas de rádio, não vemos nada nas redes sociais e em nenhum outro lugar. A vacina é um direito de todos, mas já que há uma burocracia a ser seguida, precisamos de informação”, explicou.
Até esta quinta-feira, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) está imunizando idosos a partir de 65 anos. No sábado, realizará um mutirão para o público a partir de 60 anos.
Amélia comentou ainda que vários de seus vizinhos e conhecidos com mais de 70 anos buscaram os pontos de vacinação para que pudessem receber a vacina, mas muitos foram informados que deveriam voltar em um outro dia.
“Se estão com mais de 70 anos e estão dentro da faixa etária, por qual motivo não são vacinados e por que devem voltar em outro momento?” questionou.
Em entrevista ao ContilNet, a secretária Nildete Lira, responsável pela Semsa, disse que a pasta torna público todos os dias o calendário de vacinação, que é atualizado constantemente, nos meios de comunicação disponíveis.
Além disso, Lira lamenta que algumas pessoas não estejam sendo alcançadas pela informação, mesmo que agentes de Saúde também sejam orientados a comunicar os populares sobre o esquema de imunização.
“Usamos todos os meios de comunicação disponíveis e agentes comunitários para divulgarmos o calendário. Se não alcançamos todas as pessoas que devem ser vacinadas, pedimos desculpas”, salientou.
Sobre os idosos inseridos na faixa etária e que por vezes não são vacinados no mesmo dia em que procuram as unidades, a técnica argumentou que é possível que o lote com os imunizantes já tenha esgotado quando parte desse grupo chega ao ponto de vacinação e, por isso, é orientado a voltar em outro momento.
“Mesmo assim, com essa possibilidade, vamos investigar com os coordenadores dos locais se alguém está deixando de ser vacinado”, finalizou.