20 de abril de 2024

Jiboia-arco-íris impressiona pelo fenômeno da iridescência

O brilho intenso e as cores vivas são características que chamam a atenção para as curiosas jiboias-arco-íris, serpentes da família Boidae, a mesma família pré-histórica das sucuris. Não à toa, o biólogo Josué da Silva Souza, do Rio de Janeiro, não pensou duas vezes em fazer vários registros da espécie durante um trabalho de campo na Amazônia.

Esse brilho que se destaca nas fotos é causado por um fenômeno conhecido como iridescência. “Componentes cristalinos (cristais de guanina) que se acumulam nas escamas dessas cobras funcionam como um prisma e decompõe a luz do raio solar em diferentes cores do arco-íris, o que dá nome às espécies do gênero”, explica Rodrigo Castellari Gonzalez, biólogo, especialista em serpentes, Pesquisador do Museu de História Natural do Ceará, da Universidade Estadual do Ceará e do Museu Nacional/UFRJ.

Também chamadas de salamantas, as jiboias-arco-íris têm hábitos noturnos. Consideradas de médio porte podem atingir até dois metros de comprimento.

Terrestres, não possuem peçonha (não são venenosas) e matam as presas geralmente por constrição, tirando o ar através do estrangulamento. “Muita gente acredita que as serpentes constritoras se enrolam com a intenção de quebrar os ossos das presas, mas na verdade, elas fazem isso para tirar o oxigênio da presa e conseguir matar o animal sem ar”, explica o herpetólogo especialista em serpentes Willianilson Pessoa da Silva.

O cardápio das jiboias-arco-íris varia entre pequenos mamíferos, principalmente roedores, e algumas aves.

A reprodução destas espécies ocorre uma vez ao ano e o período de gestação varia de três a quatro meses. “A reprodução é do tipo vivípara, em que as fêmeas dão a luz a 7-22 filhotes já formados (sem necessidade de haver ovos). Os filhotes nascem entre a primavera e o outono e já são totalmente independentes da mãe, podendo viver sozinhos desde então”, comenta Gonzalez.

Apesar das jiboias-arco-íris não estarem ameaçadas de extinção, são animais muito procurados para cativeiros e merecem uma atenção especial para continuar sobrevivendo na natureza.

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