19 de abril de 2024

Maior hospital para tratamento de Covid no AC vira caso de polícia

O hospital de campanha para tratamento da Covid-19 instalado no Instituto de Traumatologia Ortopédica (Into) em Rio Branco, vai se tornar um grande caso de polícia. Foi a própria direção que trouxe a polícia para dentro da instituição para investigar possíveis golpes de uma quadrilha de falsários que agiria no hospital enganando parentes de pacientes ali internados.

Entenda: Direção do Into vai acionar polícia para prender criminosos que aplicam golpe em vítimas do Covid-19

De acordo com as primeiras denúncias sobre o caso, feitas pelo site de notícias ContilNet à partir de informações de familiares de pessoas internadas, os falsários vêm dizendo que no hospital faltam determinados medicamentos e que os pacientes só teriam atendimento adequado com tais remédios se a família pagar determinadas quantias em dinheiro.

“Provavelmente, é alguém se aproveitando do desespero das famílias com parentes internados e das informações de que faltam determinados medicamentos. Infelizmente, é uma falta de medicamentos que vem ocorrendo no Brasil e o mundo, mas, no Acre, felizmente, nós ainda temos o suficiente para atender aos nossos pacientes e orientamos as famílias a não caírem no golpe”, disse o diretor técnico da empresa terceirizada Medical, que atua dentro do Into, Hilton Picelli.

“Por isso chamamos a polícia e orientamos familiares de pacientes que tenham sido abordados com esta história de falta de medicamentos e que é necessário a doação de dinheiro para comprar, que denunciem os casos à ouvidoria ou à direção do Into e que não deixem também de procurar a polícia”, acrescentou o diretor.

Segundo ele, o medicamento mais usado no processo de intubação de pessoas é o Midazola e Fentamil, anestésicos bloqueadores musculares, que, efetivamente, estão em falta em algumas unidades da federação no Brasil e em vários outros países do mundo, mas no Acre há estoques e a proposta de venda dos produtos pode conter uma série de crimes. O principal deles seria a possibilidade de alguém, de dentro do hospital, ter furtado algumas ampolas dos remédios e agora estaria oferecendo o produto ou, noutra hipótese, grupos criminosos visando tirar dinheiro dos familiares de pacientes mesmo sem acesso aos medicamentos.

De acordo com o diretor Hilton Picelli. a polícia foi chamada para atuar no Into porque ali, a partir do aumento de circulação de pessoas, à medida que aumentou também o número de pessoas internadas, está havendo uma série de furtos. “Para se ter ideia, uma cafeteira que eu doei para uma das UTIs foi furtada”, revelou Hilton Picelli ao admitir que, diariamente, servidores e outras pessoas que passam por ali denunciam sumiço de bens – bolsas, telefones e até guarda-chuvas.

O Into dispõe de pelo menos 400 servidores – todos terceirizados, entre médicos, enfermeiros, técnicos, assistentes sociais. “Mas nos falta segurança armada”, admitiu o diretor.

Além das pessoas que trabalham no local, o hospital dispõe de 250 leitos de enfermarias e 50 de UTIs – todos ocupados nos últimos dias por causa do aumento dos casos de Covid. O número de pessoas internadas também faz aumentar a circulação de pessoas, parentes e amigos dos pacientes. “É neste clima que alguém pode vir se aproveitando das fragilidades para aplicar golpes e por isso pedindo ajuda da sociedade e da polícia para combatermos isso. Quem receber proposta para adquirir medicamentos ou colaborar em dinheiro para este fim, tem que denunciar. O Into oferece tudo o que é necessário: medicamentos, comidas, roupas de cama e vestimentas adequadas”, disse Picelli

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