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Médico critica exigência em cadastramento para vacina contra covid-19 em Rio Branco

Por TIÃO MAIA, PARA CONTILNET

Vereador Eduardo Farias criticou decreto federal/Foto: ascom

A exigência da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) para apresentação de atestado ou relatório médico comprovando comorbidade para que portadores de doenças pré-existentes possam ser vacinadas pela Covid-19 foi criticada pelo médico infectologista e ex-vereador Eduardo Farias. A exigência foi divulgada nesta segunda-feira (19) pelo secretário Frank Lima.

De acordo com Eduardo Farias, a exigência, além de sobrecarregar ainda mais os médicos que atuam na linha de frente contra a Covid-19, vai prejudicar às pessoas portadoras de doenças e que, no entanto, não têm acesso a médicos com facilidades. “Eu fico pensando que uma pessoa dessas, um portador de diabetes, por exemplo, que está há um ano sem ir ao médico, vá ter dificuldades para obter este atestado ou relatório médico de sua doença”, disse. “Esta pessoa, certamente, terá dificuldades para se cadastrar e ter acesso à vacina’, disse o médico.

Para Eduardo Farias, a Semsa deveria aceitar, para efeitos de cadastros, uma simples receita ou o cadastro do portador de doença junto aos postos de saúde. “Um portador de diabetes, que pega remédio na rede de assistência básica à saúde, não precisaria ficar diante de um médico para poder se cadastrar para tomar a vacina”, disse Farias. “Digo isso pensando no cidadão que é portador de comorbidades e mora, por exemplo, no Taquari. Para esse cidadão chegar até um médico, ele tem muitas dificuldades e, de acordo com esta exigência, ele será um dos últimos a ser vacinado”, disse.
Eduardo Farias disse esperar que o prefeito Tião Bocalom e o secretário Frank Lima se sensibilizem com seu apelo. “O poder público existe para facilitar a vida das pessoas e não ao contrário”, acrescentou.

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