O biólogo Atila Iamarino afirmou que sem uma política séria de combate ao novo coronavírus (Sars-CoV-2), como isolamento social e a ampliação da vacinação contra a Covid-19 no Brasil, não haverá Carnaval em 2022.
“Sem essas medidas, sem o distanciamento, sem essas outras coisas, se prepara porque isso não vai passar. Não tem Carnaval de 2022. E não sou que estou falando, estou constatando o que está acontecendo. A gente está com o braço quebrado e se a gente não parar para deixar esse braço regenerar, ele vai continuar doendo, você vai continuar sem poder usar esse braço e vai continuar com ele machucado. A gente tem que colocar o gesso, deixar aquilo parado, deixar cicatrizar, curar e depois voltar a usar bem. O Brasil não está deixando a ferida da Covid-19 cicatrizar”, afirmou.
A afirmação de Atila Iamarin foi feito em na live “Ainda vai demorar”. Ele defendeu que os negócios que dependem de aglomeração busquem novos ambientes e readequação do serviço oferecido.
“Se você tem comércio, se você depende de aglomeração de pessoas, se você precisa de um ambiente que as pessoas precisam se juntar para trabalhar, se prepara para uma longa jornada. Pense em readequar o seu espaço, pense em fazer mesa de alimentação em área externa, pense em abrir janelas no seu ambiente para deixar o ar circular, porque esse vírus não vai embora. E o Brasil está garantindo isso aqui. Saiba que esse é um problema longo e vai demandar uma ação longa, inclusive por falta de ação de agora”.
Ocupação de leitos no Brasil
O Brasil vive o pior momento da pandemia da Covid-19. Além do descontrole da transmissão do novo coronavírus (Sars-CoV-2), a situação dos hospitais ainda é complicada. Um levantamento da CNN Brasil mostra que, neste domingo (4), 16 estados brasileiros e o Distrito Federal estão com mais de 90% de ocupação dos seus leitos de UTI.
De acordo com os dados da emissora, os estados com mais de 90% das UTIs da rede pública ocupadas são: Paraná (96%), Santa Catarina (95,2%), Rio Grande do Sul (91,3%), São Paulo (91,4%), Minas Gerais (93,08%), Distrito Federal (98,27%), Mato Grosso do Sul (105%), Goiás (97,96%), Mato Grosso (95,74%), Pernambuco (96%), Acre (94,3%), Rondônia (100%), Tocantins (93%) e Amapá (91,43%).