22 de abril de 2024

No Acre, PT pode abrir mão de disputar governo para apoiar Petecão, diz jornal

No Acre, o Partido dos Trabalhadores (PT), que governou o estado por 20 anos de forma ininterrupta, pode, pela primeira vez desde a redemocratização, abrir mão da disputa pelo governo em 2022. É o que diz uma reportagem da Folha de São Paulo veiculada nesta sexta-feira (16).

A matéria trata das estratégias do partido em todo o Brasil para voltar à presidência da República e impor um revés ao bolsonarismo, que vive sua maior crise de popularidade por conta da condução do governo federal em relação à pandemia de Covid-19.

O jornal cita como uma das estratégias as alianças nacionais com legendas de centro, como o PSD, MDB e PSB, o que impactaria cenários eleitorais em vários estados, entre eles o Acre.

A ideia é compor uma grande aliança para garantir a volta do PT ao Palácio do Planalto após seis anos. De acordo com as últimas pesquisas, Lula é o virtual candidato com mais chances de derrotar Bolsonaro nas urnas no ano que vem.

No Acre, segundo a Folha, está no radar dos petistas o PSD, comandado pelo senador Petecão, um dos políticos mais populares do estado e peça-chave para a eleição do prefeito de Rio Branco Tião Bocalom (Progressistas) e da vice, Marfisa Galvão (PSD), sua esposa.

O parlamentar federal não nega a intenção de trocar o Senado pelo Palácio Rio Branco e, por isso, entrou em rota de colisão com o governador Gladson Cameli (Progressistas), de quem era companheiro até ano passado.

Para reafirmar a velha aliança com Petecão, os petistas precisariam abrir mão da cabeça de chapa para o governo e apostar sua principal ficha na eleição para uma das três cadeiras do Senado.

Com isso, aumentam as chances de a sigla voltar a dar as cartas no Acre, uma vez que Cameli tem ótimos índices de popularidade e é candidato certo à reeleição, ao passo que o PT ainda sofre com a rejeição após longo ciclo no comando do estado.

Jorge Viana seria o nome para a disputa ao Senado. Em sintonia com os anseios nacionais do partido, ele admitiu à Folha que pretende conversar com todos os setores não alinhados a Bolsonaro.

“Não cabe ter uma visão curta, temos que ter humildade e ter os pés no chão. É como uma travessia no deserto, a gente precisa se abastecer para chegar ao outro lado”, disse o ex-senador, à Folha.

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