Polícia Federal diz que demitiu ex-agente Dheymerson em dezembro de 2020

O homem acusado de executar um plano macabro para matar sua filha, a pequena Maria Cecília, de apenas três meses de idade, há dois anos, já não é mais agente da Polícia Federal. Dheymerson Cavalcante Gracino dos Santos, que vive em Alagoas e que trabalhou no Acre até o ano da morte da criança, foi demitido (o que é diferente de exonerado) da função de agente federal por ter sido indiciado pelo crime de homicídio qualificado contra a criança. A demissão está no Diário Oficial da União (DOE) e foi oficializada em dezembro de 2020, após processo administrativo.

Demissão está no Diário Oficial da União

O agora ex-agente federal teria cometido o crime em parceria com sua mãe, dona Maria Gorete Cavalcante, avó da criança que veio de Maceió (AL), para ajudá-lo na execução. A motivação do crime seria para não pagar pensão alimentícia.

A informação da exoneração do ex-agente foi dada pela Superintendência Regional da Polícia Federal no Acre logo após a imprensa local noticiar que o acusado seria ouvido na manhã desta terça-feira (27), assim como sua mãe, serem ouvidos por meio de videoconferência, pela 2ª Vara do Tribunal do Júri Popular da Comarca de Rio Branco.

De acordo com informações da Justiça acreana, após os depoimentos, que vão instruir o processo contra os acusados, filho e mão devem sentar no banco de réus do Tribunal do Júri. Eles devem ir a julgamento ainda este ano. Os dois são acusados pela morte da pequena Maria Cecília, morta no dia oito de março de 2019, em condições misteriosas e que a Polícia Civil, ao investigar o caso e indiciar o casal, garante que foi um crime premeditado.

A criança, de dois meses de vida, se alimentava apenas de leite materno. A mãe da criança, Micilene Souza, que vivia na região do Juruá, foi convidada a vir Rio Branco com a criança a fim de que pudesse ser apresentada a avó, Maria Gorete, que viera de Alagoas apenas com o intuito de conhecer a neta.

Ao chegar em Rio Branco, Micilene foi para a casa de um amiga, no bairro do Bosque, enquanto o pai da criança foi buscá-la para levá-la ao encontro da avó, em sua residência. “Eu disse que ela só mamava e que por isso precisava voltar logo”, disse Micilene, ao revelar ter feito a recomendação ao agente federal. Mas, a partir do momento em que saiu coma criança, Dheymerson Cavalcante não mais atendeu ao telefone e Micilene só veio saber da filha, à noite, a partir de um telefonema do Pronto Socorro em que o agente federal dizia que a criança havia passado mal.

Exames do Instituto Médico Legal (IML) revelaram que a criança morreu por broncoaspiração – insuficiência respiratória e obstrução das vias aéreas causadas pela quantidade excessiva de leite ingerido. A partir daí a mãe da criança passou a sustentar que a pequena Maria Cecília fora vítima de um plano diabólico para por fim à sua vida, já que, ao ficar grávida, num relacionamento que começou a acontecer em Marechal Taumaturgo, onde o agente federal trabalhava, o pai da criança queria que ela abortasse. “Minha filha foi morta para que ele não pagasse pensão”, acusou Micilene.

Filho e mãe negam as acusações e devem sustentar isso na audiência de hoje. Além do interrogatório dos réus, serão ouvidas as testemunhas de acusação e defesa. A defesa de Dheymerson Cavalcante chegou a pedir o adiamento da audiência, já que a intenção do advogado era que a sessão ocorresse presencialmente, mas o recurso foi negado pelo Juiz Alesson Bráz.

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Polícia Federal diz que demitiu ex-agente Dheymerson em dezembro de 2020