“Querem desviar o foco da CPI da Educação”, diz Edvaldo sobre possível investigação no Depasa

O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), um dos líderes das oposições na Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) e um dos nove proponentes da criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar possíveis irregularidades no setor de compras da Secretaria de Estado de Educação, disse, na manhã desta quinta-feira (21), que não teme investigações ao tempo em que ele foi diretor do Depasa.

O Departamento Estadual de Água e Saneamento foi presidido pelo atual deputado durante o Governo de Tião Viana, do PT, a última administração das cinco seguidas, num total de 20 anos, da extinta Frente Popular do Acre (FPA), e os deputados da base de apoio ao atual governo na Assembleia querem que, se houver de fato uma CPI para a Educação, ela seja ampliada para o Depasa, no governo passado.

Com Edvaldo Magalhães à frente do órgão, o então governador Tião Viana anunciou que asfaltaria e sanearia todas as ruas do Acre, de Assis Brasil à Marechal Thaumaturgo. Sob gastos de uma quantia de recursos públicos não totalmente esclarecida, mas próxima à casa de R$ 1 bilhão, o “Programa Ruas do povo”, aquele que prometia asfaltar e sanear todas as ruas do Acre, foi interrompido depois de ter sido objeto de um escândalo, denunciado pela Polícia Federal, sob o nome de “Operação G-7”.

Depois da prisão de empresários, assessores do governo e secretários de Estado, pelas acusações de fraudes em licitações e execução do programa, o “Ruas do Povo” foi interrompido e os acusados de irregularidades, ao longo dos anos, foram absolvidos pela Justiça.

Os deputados da bancada de apoio ao Governo Gladson Cameli na Assembleia Legislativa querem usar a proposta de CPI da Educação para avançar em investigações sobre o que de fato aconteceu no Depasa, no governo anterior.

Em entrevista ao ContilNet, Edvaldo Magalhães classificou a ideia de seus colegas deputados de chantagem e disse que a base de apoio od governo quer desviar o foco da CPI da Educação.

“Executei o final do programa. Se querem uma CPI para isso, assino com todo prazer. Essa chantagem não vai nos intimidar. As empresas que executaram o programa são todas conhecidas. Inclusive dos parentes do governador. O programa foi investigado profundamente. Teve inclusive operação G7. Depois inocentados. Querem desviar o foco”, disse o deputado.

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