Mesmo após uma decisão judicial que proibia o senador Renan Calheiros (MDB-AL) de assumir a relatoria da CPI da Covid no Senado Federal, o parlamentar foi o escolhido nesta terça-feira 27 por Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão.
A escolha é vista como uma derrota para o governo federal, que, desde que a CPI foi anunciada, tenta barrar o nome do senador alagoano. Isso porque Calheiros é um crítico do presidente Jair Bolsonaro e aliado do ex-presidente Lula.
Nesta segunda-feira 26, véspera da instalação da CPI, a Justiça Federal do Distrito Federal acolheu uma ação popular protocolada pela deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) e resolveu impedir a possibilidade de Renan assumir a relatoria da comissão.
A decisão, no entanto, foi ignorada pelos senadores com o apoio do presidente da casa, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), por não haver embasamento jurídico.
Agora, Calheiros possui um grande poder nas mãos contra o governo. Isso porque a tarefa do relator é estratégica em uma CPI. Além de inquirir testemunhas e ouvir suspeitos, a comissão pode quebrar o sigilo bancário, fiscal e de dados de investigados.