O Programa Nacional de Imunizações (PNI) lançou uma nota técninca nesta segunda-feira (26) advertindo sobre a necessidade de tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19, mesmo após o prazo estipulado pelos laboratórios. É essencial se manter atento às datas recomendadas pelos profissionais da saúde no momento da aplicação da primeira dose, mas caso a data seja ultrapassada, a instrução é de que a imunização seja completa da mesma forma.
Duas vacinas são aplicadas no Brasil, até o momento: a Coronavac, produzida pela chinesa Sinovac, e a produzida pela parceria entre a AstraZeneca e a Universidade de Oxford. A Sinovac indica que a segunda dose da Coronavac deve ser administrada quatro semanas após a primeira, e a AstraZeneca, após 12 semanas.
O Ministério altera as intruções sobre a aplicação dessas doses, diminuindo ou aumentando os períodos de acordo com os níveis de casos e internações, além da disponibilidade das vacinas. A eficácia, segundo o órgão, não é afetada pelas mudanças.
Um levantamento feito pelo Ministério da Saúde em 13 de abril revelou que pelo menos 1,5 milhão de brasileiros que tomaram a primeira dose da vacina não retornaram para a segunda dentro do prazo recomendado.
Eficácia prévia
As primeiras doses da vacina da americana Pfizer têm sua chegada prevista para a quinta-feira (29). O lote de 1 milhão de doses do imunizante deve ficar retido nas capitais, onde há maior concentração de população.
De acordo com uma pesquisa realizada no Reino Unido, pela UK Coronavirus Immunology Consortium, as primeiras doses das vacinas da Pfizer e da AstraZeneca já provocam a produção de anticorpos nas primeiras seis semanas da administração da primeira dose. Este dado, apesar de animador, não elimina a necessidade da segunda dose das vacinas, que são necessárias para uma imunização.
No Brasil, cerca de 29 milhões de pessoas receberam a primeira dose dos imunizantes, e 13 milhões receberam também a segunda. Esses dados demonstram que aproximadamente 6% da população brasileira recebeu a imunização completa.