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Campo Grande realiza ato contra presidente Bolsonaro e má gestão

Por LÚCIO BORGES - CORRESPONDENTE MS

Mantendo certo distanciamento e de mascaras manifesto percorreu ruas (Foto: Marco Aurélio Stefanes/ADUFMS)

CAMPO GRANDE (MS) – O sábado (29) marcou ou ainda vem acontecendo pelo Brasil, a volta de manifestação de rua e em caminhadas, em protesto contra o presidente Jair Bolsonaro e todo seu governo. Apesar de ainda estar em um momento ruim da Pandemia do Covid 19, no Mato Grosso do Sul, não foi diferente, onde ocorreu manifestos nas duas maiores cidades, a capital Campo Grande e em Dourados. Na Capital, ao menos 1000 pessoas, se reuniram na manhã de hoje, contra  os cortes de recursos na Educação, pedindo a vacina para todos e pelo Impeachment do chefe do executivo federal.

As mil pessoas atenderam chamamento de Movimentos Sociais, que pediram antecipadamente, para que todos se cuidassem e respeitassem as normas de biossegurança contra o Coronavirus. A ação foi marcada em frente a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), onde todos pediam “Vacina Sim”, auxílio emergencial de R$ 600 e o impeachment do presidente. E o grupo colocou cruzes para lembrar as 459 mil mortes causadas pela covid-19 no Brasil.

A todo momento em discursos ou fala pessoais a critica era contra Bolsonaro e pelo mesmo ignorar a pandemia e promover aglomerações no País, o grupo acabou realizando o ato no dia em que a pandemia bateu recorde de 3 mil casos em MS, como o ContilNet noticiou. E se falou que o ato ficou mais esvaziado, porque houve a ausência de estudantes e professores da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), que teriam sido ameaçados de processo pelo Ministério Público Estadual para não participar do protesto.

“MPE agindo a mando de quem, porque Bolsonaro vive a aglomerar e nós iriamos e estamos fazendo distanciamento diariamente e mesmo aqui agora. Bolsonaro teve aqui em MS,na semana passada, aglomerou, não usou máscara, mas ninguém fez nada”, criticou o presidente da ADUFMS (Associação dos Docentes da UFMS), Marco Aurélio Stefanes.

Pauta de Ação com segurança

O presidente da ADUFMS, ressaltou e lamentou a postura do MPE em relação ao protesto contra o presidente. Ele disse que o movimento não foi irresponsável como Bolsonaro e que para realizar a manifestação se preparou, onde até foi montada uma comissão de biossegurança e todas as medidas de prevenção foram adotadas. “Alertamos antes e agora para o distanciamento social de um metro, uso de máscaras e disponibilização de álcool gel 70º para os participantes”, lembrou Stefanes.

Ato lembrando os mortos pela Covid 19 (Foto: Sérgio Souza Júnior/CUT)

A pauta era Nacional, mas no caso local, os movimentos protestaram ou mostraram o corte de 18% no orçamento da UFMS neste ano. Segundo dados, o corte foi de R$ 26,5 milhões. “São R$ 17,5 milhões do custeio, R$ 6 milhões em investimentos e R$ 3 milhões da assistência estudantil. Além disso, houve o corte de 25% a 30% nas bolsas do CNPq, destinadas à pesquisa e aos estudantes da pós-graduação”, dizia Stefanes.

Contudo, as ações de Bolsonaro no combate à pandemia era o principal conteúdo. “A manifestação foi um ‘sucesso’. O presidente da República é um genocida. A CPI já provou que o Governo não quer comprar vacina e salvar vidas. Este Governo é da morte do genocídio”, discursou o presidente da CUT/MS, Vilson Gregório.

O coordenador da Frente Fora Bolsonaro em MS, André Lage, disse “Deixamos o nosso recado, fora Bolsonaro, vacina para todos, auxílio emergencial de R$ 600, contra a reforma administrativa e contra os cortes na educação que o Governo promoveu nesta semana”.

Destaque a Vacina

O presidente da Adufms, lembrou qeu o Brasil possui capacidade e a melhor estrutura de vacinação no mundo. No entanto, a vacinação contra a covid-19 está muito lenta, apesar da capacidade dos laboratórios da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e do Instituto Butantan de produzirem 3 milhões de doses por dia.

“A última foi que levaram ao atraso na entrega dos insumos devido a ações negativas desse governo. Perdemos 20 dias de vacinação, quantos não morreram por falta de insumo?”, lamentou o dirigente.

Houve divergências entre os movimentos, a Adufms estimou que 2 mil pessoas participaram do ato, enquanto a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a Frente Fora Bolsonaro estimaram mil participantes.

Foto: Lúcio Borges

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