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Comando de roubos com mortos em confronto com PM foi feito de dentro de penitenciária

Por LÚCIO BORGES, DO CONTILNET

Foto: reprodução

CAMPO GRANDE (MS) – Os dois mortos  em confrontos com o batalhão de choque da PM-MS (Polícia Militar de MS) na última sexta-feira (21),  após roubo de veículo na vila Piratininga, seriam comandados por detento que estaria na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande. A informação é do major Rocha do Choque, mas que diz que o preso líder, ainda não foi identificado. Conforme se noticiou na imprensa local, os mortos no confronto foram, Gustavo Silva dos Santos, 23 anos, que tinha várias passagens como furto, tráfico de drogas e receptação, e, Guilherme Souza Camargo, 28 anos.

Major Rocha contou que um ‘cabeça’ da quadrilha estaria no complexo penitenciário da Capital, e é quem teve dois membros mortos em uma troca de tiros com policiais do Batalhão na noite da sexta-feira. Ele ou toda a quadrilha passou a ser monitorada depois de um roubo de um caminhão, no dia 9 de maio, que também não tiveram êxito para finalizar o crime e não conseguiram atravessar o veículo.

O monitoramento aponta que a quadrilha é ligada à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), e se especializou em ‘arrastar’ carros para o grupo, atravessando assim, os veículos para as fronteiras do MS/Brasil.

No episódio, do último dia 9. ainda a apelidada ‘madrinha’ do PCC (Primeiro Comando da Capital) e mais seu comparsa acabaram presos. Já no dia 15 de maio em Ribas do Rio Pardo, uma mulher e uma criança foram feitas reféns quando tiveram a camionete Hilux levada pelo grupo.

A dupla morta

A troca de tiros aconteceu quando os dois, que eram os executores dos planos, roubaram um veículo Hyundai Elantra na frente de uma residência na Piratininga, e ainda nas proximidades da 5ª Delegacia de Polícia Civil, por volta das 23 horas. A dupla abordou um casal que conversava dentro do carro. Os bandidos exigiram a chave, tomaram aliança e uma corrente e chegaram a revistar o motorista, para conferir se ele poderia estar armado. Na sequência, mandaram as vítimas sair do Elantra e fugiram.

O casal percebeu que enquanto os indivíduos agiam, um automóvel modelo hatch trafegava devagar, como se estivesse dando suporte. A polícia foi informada do ocorrido e, na Rua Estevão Alves Ribeiro, as equipes do Choque se depararam com o Elantra, solicitaram apoio e passaram a acompanhar o automóvel. Porém, percebendo que estavam sendo seguidos, os bandidos abandonaram o carro e começaram a fugir a pé, dando início à perseguição.

Guilherme, ao ser surpreendido pelos policiais, não obedeceu ordem para se render, sacou uma arma de fogo e supostamente apontou para a direção da equipe, que revidou, atingindo-o com quatro disparos no tórax. A PM afirma que tal medida se fez necessária para repelir a agressão e preservar os militares. O baleado foi socorrido até o Hospital Regional, mas não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo.

Ele portava um revólver da marca Taurus completamente municiado. As equipes continuaram as buscas pelo segundo envolvido, identificado como Gustavo Silva, que foi encontrado nas proximidades do Parque Ecológico Anhanduizinho. Ao ser cercado em um terreno baldio, ele teria disparado contra os policiais, sendo baleado em revide. Assim como o comparsa, Gustavo também foi socorrido, mas não resistiu.

Contra ele havia mandado de prisão em aberto e foi encontrado com ele um revólver calibre 38 da marca Taurus, com numeração raspada, municiado com cinco projéteis, dos quais dois haviam sido deflagrados e um não teria percutido. O carro das vítimas foi apreendido e encaminhado à Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos). Como procedimento padrão, os policiais também entregaram armas para perícia.

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