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Deputada Perpétua Almeida defende punição do Exército a Eduardo Pazzuello

Por TIÃO MAIA, PARA CONTILNET

Foto: Ascom

A deputada federal Perpétua Almeida, líder do PCdoB na Câmara, defendeu, nesta segunda-feira (24), punições para o general Eduardo Pazzuello, por sua participação, no Rio de Janeiro, em manifestações em prol do presidente Jair Bolsonaro, no último domingo (23). A deputada também havia criticado e defendido punições a Pazzuello por suas declarações à CPI da Covid do Senado. De acordo com a deputada, o general e ex-ministro da Saúde mentiu descaradamente nos dois depoimentos à Comissão, na semana passada. O ex-ministro deverá ser obrigado a depor pela terceira vez a partir de um novo requerimento a ser aprovado nesta quarta-feira (26). Mas, para a parlamentar, a participação do general nas manifestações em defesa de Bolsonaro foi de desrespeito ao Exército.

“Pazzuello não está na ativa? Ou já pediu ir para reserva? Se Pazuello não está na reserva, o Exército tem o dever de tomar providências. Isto não é aceitável em nenhuma situação de militar na ativa, sob pena de caracterizar envolvimento político partidário do Exército brasileiro”, disse a deputada.
Perpétua Almeida foi assessora do Ministério da Defesa governo Dilma Roussef e tem ligações com o alto comando das forças armadas, incluindo o general Hamilton Mourão, atual vice-presidente da República. Mourão disse que Pazuello provavelmente será punido por ter participado da manifestação. Antes, pondera Mourão, Pazuello pode pedir transferência para a reserva do Exército e “atenuar o problema”.

Pazuello será encaminhado para a reserva. Falta saber se a decisão é ou não retroativa. O ex-ministro do governo, general Santos Cruz, disse que “o presidente e um militar da ativa mergulharem o Exército na política é irresponsável e perigoso”.

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