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Em meio à CPI, AC é o 2º Estado que mais recebeu cloroquina do governo federal

Por EVERTON DAMASCENO, DO CONTILNET

Foto: Reprodução

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde e pela página Brasil em Mapas, o Acre foi o segundo Estado do Brasil que mais recebeu cloroquina do governo federal em 2020.

A medicação foi acrescentada pelo Ministério da Saúde à lista de fármacos que seriam necessários para o tratamento precoce da covid-19.

O Acre só perdeu para Roraima, que ficou com o maior percentual, com 187 mg per capita. O estado governado por Gladson Cameli, apoiador de Bolsonaro, adquiriu entre 50 mg e 100 mg. Logo atrás, aparece Rondônia, Amapá e Amazonas.

Nesta sexta-feira (7), a imprensa nacional foi surpreendida quando o Ministério da Saúde resolveu retirar do ar a indicação do medicamento, que estava disponível no site oficial do órgão.

O mudança aconteceu em meio à instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga supostas irregularidades do Governo Federal no combate à pandemia no Brasil, que já soma, atualmente, mais de 420 mil mortes pela doença.

O uso de cloroquina, que não tem comprovação científica para o tratamento da covid-19, foi um dos principais questionamentos feitos ao ministro Marcelo Queiroga, nesta quinta (6).

Especialistas no Acre e em todo o país, em especial o infectologista Thor Dantas, já anunciaram que o uso demasiado e indiscriminado da medicação tem causado falência hepática em muitos pacientes – o que também faz sobrecarregar o Sistema Único de Saúde (SUS).

Em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre), nossa reportagem foi informada que “a demanda por cloroquina no Estado é relativamente alta (comprimidos/n⁰ habitantes), basicamente por apresentarmos muitos casos de malária, principalmente na regional do Juruá”.

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