Falecido em setembro de 2017, aos 84 anos, o empresário Joaquim Machado de Souza, natural de Feijó, ao contrário do que propõe a poesia de Nelson Cavaquinho na música ” Juízo Final”, está recebendo na morte as homenagens e flores que tanto fez por merecer em vida. Sua identidade, por iniciativa do deputado federal Jesus Sérgio (PDT-AC), vai ser eternizada como o nome da ponte que liga os municípios de Tarauacá e Feijó, na BR-364, sobre o Rio Envira, como uma homenagem pós-mortem a um dos maiores empresários do interior do Acre.
Quando morreu, Joaquim Souza, que dirigia várias empresas, dava pelo menos 40 empregos diretos. Trabalhador desde menino, quando começou a atuar como seringueiro, o empresário era casado com dona Francisca Silva de Souza, que agora está com 81 anos, e deixou sete filhos, pelo menos 20 netos e alguns bisnetos.
Joaquim Souza, ao deixar os seringais, nos anos de 1970, passou a atuar no comércio e na construção civil. Suas atividades extrapolaram as cercanias de Feijó e chegaram ao município de Envira, no Amazonas, onde ele também tinha negócios.
“Ele era um empreendedor nato”, disse o bancário aposentado Antônio Carlos Pinheiro, 66 anos, genro e ex-procurador do falecido. ” sta homenagem do nome dele na ponte faz justiça a um homem que amava o trabalho e a região de Feijó e Envira”, disse Pinheiro.
Se as atuais homenagens ao empreendedor Joaquim Souza estão vindo tardias, é preciso lembrar que em 2013, no Governo Tião Viana, ele foi homenageado com o título de comendador da Ordem da Estrela do Acre no grau de grande cavaleiro, maior comenda do Estado, da qual muito se orgulhava. O então senador Gladson Cameli, na época da morte do empresário, vítima de câncer, lembrou que a história de Joaquim Souza se confundia com a de seu tio, o ex-governador Orleir Cameli. “Todas as homenagens que forem feitas a esses homens serão poucas”, disse o governador Gladson Cameli.