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Jovem é morto ao reagir a assalto na porta de casa: ‘ele tinha muitos sonhos’, diz mãe

Por G1 AM

Mãe segura a foto do filho de 21 anos, morto ao reagir a um assalto na porta de casa em Manaus. — Foto: Eliana Nascimento/G1

O autônomo André da Silva Alves, de 21 anos, foi morto durante um assalto na porta de sua casa, em Manaus, na noite desta terça-feira (25). Assaltantes tentaram levar a motocicleta do rapaz, que reagiu e levou um tiro. Os criminosos fugiram com o celular dele e um cordão. A mãe do jovem pede justiça.

O rapaz chegou a ser socorrido para o hospital João Lúcio, mas não resistiu aos ferimentos.

A professora Maria Irenilce Moreira, de 53 anos, mãe da vítima, lamenta que, com o filho, também se foram os sonhos não realizados devido à violência. O principal deles era o de terminar de construir sua própria casa. Pai de um bebê de seis meses, ele vivia no mesmo bairro da mãe, o Gilberto Mestrinho.

Ela conta que o rapaz estava animado, pois começaria a trabalhar em um novo emprego na próxima semana. Na noite do crime, o jovem foi visitá-la para comemorar o aniversário de uma prima. Comeu bolo e voltou para casa.

“Ele saiu e eu disse: ‘filho, fique para você jantar’. Ele disse que iria em casa rapidinho e voltava, mas meu filho não voltou mais. Quase às 21h, o vizinho ligou e perguntou se o André estava lá, pois ouviu tiro e um grito. Nisso, acabou a vida do meu filho, ele reagiu a um assalto”.

Segundo a polícia, os assaltantes tentaram levar a motocicleta da vítima, mas o autônomo reagiu e foi baleado na região do tórax. Os criminosos não roubaram o veículo, mas a chave sumiu.

“Meu filho tinha um sonho de terminar a casa dele e fazer a faculdade de Direito, esse era o sonho do meu filho. Ele se alistou e passou na Marinha, mas não quis seguir carreira por causa da filha dele. Agora iria começar a trabalhar, ele disse ‘mãe, agora vou realizar meu sonho, vou terminar minha casa’, mas acabou tudo”, comentou a professora.

Para a professora, a neta é uma parte do filho que fica para ela ajudar a cuidar.

“Acabou a vida do meu filho, e um pedaço meu foi junto. Está sendo muito dolorida a morte do meu filho, só Deus sabe o que eu estou passando. Eu só peço Justiça, foi muito cruel, ele não teve chance”.

O caso foi registrado na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros, que vai investigar. Por enquanto, não há suspeitos.

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