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Maníaco se tornando serial killer com ‘gosto de matar’ é quem matou estudante de Campo Grande

Por LÚCIO BORGES - CORRESPONDENTE em MS

CAMPO GRANDE (MS) – As então vítimas que escaparam de José Tiago Correia Soroka, 33 anos, apontado pela polícia como serial killer de Curitiba, o descrevem como frio e que tem “desejo de matar”. Ele, até o momento, em descobertas da Polícia Civil curitibana, matou ao menos três homens, incluindo um Campo-grandensse, Marcos Vinício Bozzana da Fonseca, 25 anos. O jovem de Campo Grande-MS era estudante de medicina na Capital do Paraná, e seria homossexual, como os outros dois assassinados. “Gosta de matar”, teria dito uma das vítimas que sobreviveram a tentativas de asfixia. A fala do maníaco homofóbico (ódio de gays), porque até o momento só operou contra homens gays, teria saído em novo ataque, dias após assassinar o jovem da Capital de Mato Grosso do Sul.

A PC de Curitiba, vem investigando os crimes, e conseguiu relacionar, identificar e divulgar as imagens José Tiago Correia Soroka, que ainda é tratado como suspeito de matar três homossexuais na região Sul do Brasil, porque dois foram em Curitiba-PR e um em Santa Catarina. Com o retrato falado do serial killer, passaram a surgir então mais vítimas e seus depoimentos de pessoas sobre o comportamento do apontado como o assassino do estudante da Capital e outros dois, um enfermeiro. José Tiago usou Grindr, aplicativo de encontros voltados ao público LGBT+, para atrair as essas vítimas fatais. Com nomes falsos, sendo articulado, sedutor, cortês, bateu papo com os homens até convencê-los de se conhecerem pessoalmente.

Conforme a PC-PR, dois homens relataram ter sobrevivido aos ataques de Tiago. Um deles foi à polícia e até teria feito o reconhecimento oficial de seu agressor. O outro, deu entrevista para emissora de TV de Curitiba (PR). E ainda até uma ex-esposa, com quem o suspeito morou até o início de 2021, também é uma das vítimas de tentativa de homicídio. A mulher foi ouvida pela DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) de Curitiba.

Em reportagem da revista Piauí, o delegado responsável pelas investigações no Paraná, Thiago Nóbrega, disse que ela morre de medo do ex-companheiro. “Os dois viveram juntos até o início deste ano, quando ele tentou matá-la pela segunda vez, com um mata-leão. Ela terminou o relacionamento, deu queixa e conseguiu medida protetiva. Ele é descrito como de comportamento bastante instável. Amoroso, mas explosivo. De uma hora para outra, se transforma em outra pessoa. A ex-mulher morre de medo dele. Tem pavor”, disse o delegado.

Maníaco se tornando serial killer com 'gosto de matar' é o homem que matou estudante de CG em Curitiba

Suspeito do crime de latrocínio é procurado pela Polícia Civil do Paraná (Foto: Divulgação PC-PR)

Mais na revista Piauí

A reportagem da revista Piauí, descreve que um dos sobreviventes é arquiteto, morador do Bigorrilho, bairro de classe média em Curitiba. “O encontro foi marcado para uma tarde de terça-feira. Eram 15h20 do dia 11 de maio quando a vítima abriu a porta de seu apartamento para “Ricardo”, o rapaz que havia conhecido através do aplicativo de encontros.

O visitante se apresentou educadamente, mas não usou meias palavras: perguntou o que o arquiteto gostava de fazer durante a relação sexual, pediu que ele tirasse a roupa e virasse de costas. Foi quando Tiago surpreendeu a vítima com o golpe do tipo mata-leão”, cita a matéria da revista.

“Eu sou o Coringa! Eu sou louco, gosto de matar”, disse José Tiago, relatou o sobrevivente. Ele de inicio achou que era uma brincadeira e teria advertido que não gostava de sexo violento. Mas, o agressor continuou tentando asfixiá-lo e teceu a frase.

À revista, o arquiteto relata que conseguiu se desvencilhar, mas Tiago fez menção de estar armado e o obrigou a lhe entregasse celular e notebook. “Antes de fugir, cortou os fios do interfone e do telefone fixo do apartamento. O arquiteto correu para o apartamento de um vizinho e interfonou ao porteiro, pedindo que barrasse a saída do visitante. Era tarde: ‘Ricardo’ tinha acabado de deixar o prédio”, afirma a revista.

Perfil maníaco que estava se tornando serial killer

A polícia Curitibana diz não ter mais dúvidas, de que é um perfil maníaco que estava se tornando serial killer. “É cada vez mais claro que as intenções do suspeito não era só roubar, mas matar. Em todos os casos, as vítimas tinham carteira com dinheiro, jóias, relógios, mas só foram levados o celular e o notebook, o que leva à conclusão, que José Tiago, queria evitar qualquer forma de rastreamento. Ele tinha conhecimento em informática para isso. A gente tentou rastrear remotamente os aparelhos, mas o suspeito já havia entrado no equipamento e trocado as senhas”, comentou o delegado Marcelo Fernando Tescke para a reportagem da Piauí.

José Tiago nasceu em Palmas, município de 51 mil habitantes no Centro-Sul do Paraná, na divisa com Santa Catarina, e passou a infância com os pais e a irmã. Ele teria sido abusado sexualmente na infância e ficou traumatizado. “A irmã aponta que tinha lembranças de abusos, mas acredita que ele tenha ficado traumatizado, porque já passou por tratamentos psiquiátricos. Não se sabe se os crimes têm relação com esse trauma ou se ele sentia alguma aversão a homossexuais e por isso escolhia vítimas gays”, afirma o delegado Tiago Nóbrega.

“Pelo que a investigação nos aponta, o criminoso aparenta ser um psicopata. Pelos casos, pela mudança brusca de comportamento, a gente consegue enquadrá-lo como um serial killer. Tudo leva a crer que sejam crimes de ódio”, completou Nóbrega na entrevista à revista.

Os crimes seriados ou seguidos

José Tiago, matou no dia 4 de maio, o campo-grandense Marcos Vinício Bozzana da Fonseca, que estudava Medicina em Curitiba desde 2017. A PC-PR afirma que ele matou, também na capital paranaense, o enfermeiro David Levisio em 27 de abril, e na cidade de Abelardo da Luz (SC), em 16 de abril, o professor de geografia Robson Olivino Paim, 36 anos.

E ainda, a polícia investiga se um advogado, de 35 anos, encontrado morto na capital paranaense no dia 30 de abril foi vítima pelo mesmo criminoso.

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