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Márcio Bittar diz que sofre perseguição de inimigos do presidente Jair Bolsonaro

Por TIÃO MAIA, PARA CONTILNET

Na campanha que virá, uma possível aliança de Márcio Bittar com o MDB e seus velhinhos, quiçá todos estejam vivos até lá, está descartada/Foto: ContilNet

“Estou apanhando nesta campanha de difamação porque querem atingir ao presidente Bolsonaro e eu sou uma pedra no caminho daqueles que querem atingir o governo”, disse, em entrevista exclusiva ao ContilNet, o senador Márcio Bittar (MDB-AC). Vice-líder do governo no Senado, o senador acreano vem sendo bombardeado com informações na imprensa dando conta que ele tem enviado recursos para outras unidades da Federação, como Goiás e Ceará, o que ele nega.

“Fico indignado porque o que estão dizendo na imprensa não é verdade. Essa história de orçamento paralelo é uma tentativa de enfraquecer o presidente Bolsonaro. Como é que poderia haver um orçamento paralelo para que o presidente possa comprar parlamentares, se todos os recursos são públicos e susceptíveis aos órgãos de controle?”, indagou o senador. “Além disso, como um parlamentar como eu, o presidente não precisa liberar uma emenda a mais ou a menos porque eu já o apoio desde a pré-campanha para a Presidência”, acrescentou.

Bittar disse que os recursos liberados para outros estados que não o Acre obedecem à estratégia de que ele é o relator do Orçamento Geral da União para este ano, que deve atender a toda a Federação. “Como relator, recebi deputados, senadores e prefeitos de várias unidades da Federação e, na condição que cheguei, eu tenho que atender a isso porque sou vice-líder do Governo. Do contrário, eu não teria chegado onde cheguei”, disse.

Márcio Bittar lembrou ainda que, sob sua assinatura, emendas de RP9, as chamadas emendas de relator do orçamento, há pelo menos R$ 18,5 bilhões do Orçamento. “Desses, quero trazer pelo menos mais meio bilhão para o Acre. É claro que quando isso correr, eu serei criticado em outros estados, até maiores que o Acre, que não terão acessos a essas quantias. Eu vou ser acusado de ter envido mais dinheiro para o Acre do que para estados maiores, como São Paulo. Estou preparado para isso porque sei que essas coisas são da política, da democracia”, disse.

As acusações de que ele estaria desviando dinheiro destinado ao Acre para outros estados, através das emendas, o deixam na condição de injustiçado. “Haveria irregularidade se eu desviasse as emendas a que tenho direito como parlamentar para outros estados, que não aquele me elegeu”, disse Bittar.

O senador disse ainda que cada senador ou deputado eleito tem direito a cerca de R$ 38 milhões por ano, no Orçamento Geral da União. Essas emendas são liberadas de forma equânime para todos os parlamentares de todos os estados. “Então, pegar essas emendas que devem ser destinadas ao Estado para outra unidade da federação, aí sim parece algo absurdo. Mas o que vem acontecendo, com a distribuição de recursos para outros estados é em função da minha condição de relator do orçamento. É uma injustiça as agressões de quem quer atacar o presidente e usa meu nome para isso”, afirmou.

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