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“Não posso mais abraçar quem me deu a vida”, diz acreana que perdeu a mãe para a covid-19

Por EVERTON DAMASCENO, DO CONTILNET

Alcileia com o neto Benício/Foto: Reprodução

Comemorado neste domingo, 9 de maio, o Dia das Mães não tem mais o mesmo sentido para muitas pessoas. Uma delas é a empresária senamadureirense Franciele Vieira, de 29 anos, que perdeu sua mãe, um dos maiores amores da sua vida, para a covid-19.

Dona Alcileia Freire, como era conhecida, não resistiu à luta contra o coronavírus e faleceu no último dia 29 de março – poucos dias antes de completar 53 anos.

Franciele com a irmã e a mãe/Foto: Arquivo pessoal

“Minha mãe era a pessoa mais paciente, amorosa e cuidadosa que eu conhecia. Ela não tinha raiva de ninguém”, disse a filha em entrevista ao ContilNet.

Franciele conta que Alcileia tomava todos os cuidados necessários para não ser infectada, mas, infelizmente, o pior aconteceu.

“Não sabemos como ela foi infectada, pois tomava todos os cuidados necessários. O que mais temíamos aconteceu”, continuou.

A empresária é mãe dos pequenos Bento e Benício, de 1 ano e o outro de 3 meses, respectivamente.

“Um dia normal”

Ao ser questionada como seria o seu Dia das Mães após a morte da genitora, Franciele argumentou que a data perdeu o sentido.

“Será um dia normal, com muita tristeza. Não terá beijo, abraço, o almoço de todos os anos da pessoa que me gerou, me deu a vida. Será vazio, mesmo o meu amor por ela sendo o mesmo. A saudade é tão grande. Esse vírus me tirou a possibilidade de estar com ela, mas agradeço a Deus por ter ter sido tão guerreira”, destacou.

“Exemplo para minha vida”

Mesmo com a ausência sofrida, Vieira conta que aprendeu muito com a mãe, principalmente sobre maternidade.

“Eu não tenho palavras para agradecê-la por tudo o que me proporcionou como filha, ser humano, cidadã. Hoje sou mãe de duas crianças lindas e que amo profundamente. Ela me ensinou muito sobre cuidado, paciência, a ser a melhor mãe que eu posso ser”, finalizou.

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