Aniversário de Senador Guiomard: prefeita diz querer resgatar história do município

Exatos 20 anos após o falecimento de Manoel Gomes, um dos prefeitos mais queridos e respeitados da história de Senador Guiomard, Rosana Gomes senta na mesma cadeira que o pai já sentou com um desafio: resgatar a história do município. Manoel foi vítima de um enfarte fulminante na quarta-feira do dia 31 de janeiro de 2001, prestes a encerrar o primeiro mês de gestão como prefeito reeleito do município que, diga-se de passagem, vibrava com as conquistas do primeiro mandato e aguardava, com esperança, as conquistas que viriam.

O mandato interrompido por uma tragédia foi retomado anos depois, com a ascensão de James Gomes. De vice-prefeito por 4 anos a prefeito do município por 8 anos consecutivos, James levou adiante todos os planos do pai. Cuidou do município, das pessoas, entregou casas populares, desafiou crises econômicas e, exatamente duas décadas depois da morte que marcou o município, que possui pouco mais de 22,8 mil habitantes de acordo com o Censo do IBGE, chega a vez de Rosana.

Rosana e o pai, Manoel Gomes. Foto: arquivo pessoal

Vez essa que, de acordo com ela, não há dúvidas que seja um chamado de Deus. “Esse legado começou através do meu pai, saudoso Manoel Gomes. […] Em seguida, essa história foi continuada pelo meu irmão, James Gomes. Agora, Deus colocou à prova a Rosana Gomes [risos]. E aqui estou eu. Na luta por dias melhores no nosso município”, conta à nossa reportagem.

Rosana conversa com a reportagem do ContilNet para falar de uma data importante: nesta sexta-feira (14), Senador Guiomard completa 45 anos. Com um sorriso no rosto, abafado por uma máscara de proteção contra a Covid-19, e um carisma que é marca da família, a prefeita garante: não fossem as muitas mãos que hoje lutam para que o município volte aos velhos tempos, não haveriam motivos para comemorações.

“Primeiro porque estamos no meio de uma triste e preocupante pandemia; por conta disso, nossa ação foi comprometida. […] Segundo porque fizemos um balanço nas nossas contas e temos um débito de R$ 5 milhões, oriundos de gestões anteriores. Estamos nos esforçando continuamente para negociar essa dívida e estar com as contas em dia, até porque precisamos estar adimplentes para receber recursos e verbas parlamentares”, revela a gestora.

20 anos após a morte do pai, Rosana é empossada prefeita de Senador Guiomard. Foto: Reprodução/Facebook

Falamos ainda sobre política, situação do município, perspectivas para o futuro e mais. Acompanhe:

ContilNet: A senhora é a terceira membro da família Gomes a sentar nessa cadeira. Tivemos seu pai Manoel, seu irmão James e agora chegou a sua vez. Como se sente dando continuidade a esse trabalho?

Prefeita: É de uma felicidade ímpar continuar esse legado. Me sinto honrada pela confiança que foi depositada por cada munícipe. Eu faço parte da história desse município. Nasci e me criei aqui; tenho amor por cada pessoa do meu município. Como todos sabem, venho de uma trajetória de gestões. Esse legado começou através do meu pai, saudoso Manoel Gomes. Foi prefeito por 4 anos, foi reeleito e, infelizmente, nos deixou no primeiro mês de mandato. Em seguida, essa história foi continuada pelo meu irmão, James Gomes. Foi vice-prefeito e consecutivamente prefeito por 8 anos.

Agora, Deus colocou à prova a Rosana Gomes [risos]. E aqui estou eu. Na luta por dias melhores no nosso município.

A senhora tem uma consistente experiência como Secretária de Saúde do município. A expertise adquirida nessa pasta, de alguma forma, ajuda a senhora a tomar decisões como prefeita?

Tenho oito anos de experiência em secretarias. Fui gestora de uma das pastas mais desafiadoras, que é a Saúde. É uma secretaria complexa e delicada. Foi uma experiência boa: foram 8 anos de um trabalho que me orgulho muito – afinal, saí de cabeça erguida e com o nome limpo. Tenho um compromisso de trabalhar com responsabilidade, cuidado, cautela e critérios para que as pautas públicas sejam tratadas com o respeito que merecem.

Estamos nos encaminhando para encerrar o quinto mês do ano. Até agora, qual o balanço que a senhora faz desses primeiros meses de gestão?

Cheguei naquela expectativa, com vontade de chegar, arregaçar as mangas, trabalhar e fazer o que tem que ser feito. Infelizmente, e sendo muito sincera, estamos em uma situação muito delicada. Primeiro porque estamos no meio de uma triste e preocupante pandemia; por conta disso, nossa ação foi comprometida, porque temos decretos a cumprir e nossa prioridade, nesse momento, é vacinar as pessoas e frear a circulação do vírus.

Segundo porque fizemos um balanço nas nossas contas e temos um débito de R$ 5 milhões, oriundos de gestões anteriores. Estamos nos esforçando continuamente para negociar essa dívida e estar com as contas em dia, até porque precisamos estar adimplentes para receber recursos e verbas parlamentares.

Acredito que, nesses meses de gestão, esses têm sido os nossos maiores desafios. Estamos cumprindo, com muita garra, e conseguimos avançar em várias frentes. Tiramos, por exemplo, toneladas de entulhos das ruas; viemos de um histórico de anos sem limpeza pública, gestores que não tinham esse olhar. Acredito que esse é o mínimo que um gestor deve fazer. Cuidar da limpeza da cidade, não deixar faltar remédios nos postos, estamos nos esforçando para fazer – e fazer bem – esse tipo de serviço.

Nos propusemos, também, a estar mais perto da zona rural. Eu tenho um amor enorme pela minha zona rural. Já visitei a zona rural inteira depois de eleita e observei muitos pontos de melhoria. Os produtores precisam escoar sua produção. E, para que isso aconteça, precisamos ter ramais. Encontrei um verdadeiro cemitério de máquinas no município assim que assumi a gestão. Estamos trabalhando na recuperação dessas máquinas para que, chegado o verão, nós possamos trabalhar massivamente na recuperação dos ramais, levando qualidade e vida digna ao nosso produtor.

O seu secretariado tem ajudado nessas tarefas? A senhora está feliz com a composição?

Eles [os secretários do município] são nosso alicerce. Precisamos ter uma equipe forte, me preocupo muito com isso. A equipe é o espelho da prefeita: se a equipe trabalha, a prefeita está trabalhando; se a equipe não corresponde, a prefeita não corresponde também. Por isso, estamos continuamente executando ajustes nas secretarias, para que funcionem. Precisamos avançar.

Já estamos nos aproximando de mais uma eleição. Os municípios precisam de apoio nas bancadas. Pensando dessa forma, a senhora tem planos ou pretensões para 2022?

Esse é o momento de trabalharmos para restaurar a história do nosso município. Faço parte de um grupo firme, forte e ter representatividade nas esferas estaduais e federais é, sem dúvidas, muito importante para a saúde do município. Mas isso vai ser discutido no momento oportuno.

O que podemos esperar do Quinari para os próximos dias? Qual a mensagem que a senhora deixa para a população?

Quero transmitir ao povo do Quinari, nesse momento, meus votos de paz, gratidão, amor e esperança. Dias melhores estão chegando. Estão bem próximos de nós. Nosso Quinari, por muito tempo considerado a “terra do já teve”, vai ser retomado e vai voltar à vida. Estamos trabalhando no combate à covid-19, os casos estão diminuindo e estamos deixando tudo pronto para que voltemos a dar vida ao nosso município e que as pessoas voltem a amar viver aqui. Esse é meu foco: trabalhar para resgatar a história do nosso município.

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