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Permissionários do shopping popular estariam cobrando aluguel de R$ 1.500

Por LEANDRO CHAVES, DO CONTILNET

Denúncia feita ao ContilNet por um grupo de camelôs que teve suas barracas destruídas pela prefeitura de Rio Branco na semana passada informa que há permissionários no Aquiri Shopping alugando por R$ 1.500 mensais o ponto cedido pelo município.

A prática é proibida, uma vez que se trata de concessão pública. Ainda de acordo com a denúncia, boa parte desses permissionários sequer necessita de um ponto no shopping popular, tendo-o apenas como fonte de renda extra, ocupando a vaga de quem realmente precisaria do espaço.

“Nós, que ficamos de fora do shopping, não temos esse dinheiro todo pra pagar por uma vaga lá. A gente vende em um dia pra comer no outro e ainda passa pela humilhação de ter nosso negócio destruído pela prefeitura”, disse um vendedor, que não quis se identificar.

O chefe do gabinete militar da prefeitura, Ezequiel de Oliveira, confirmou à reportagem que existem denúncias dando conta da prática ilegal de alugueis dos pontos no Aquiri Shopping. No entanto, de acordo com ele, ainda não há provas do ato.

“O que chegou pra gente é que o permissionário desiste do ponto e passa a alugar para outro, daí ele diz para a administração do shopping que os novos usuários do quiosque seriam seus funcionários”, explica.

Ainda segundo Ezequiel, a prefeitura realiza fiscalização, porém, quando se dirige aos pontos onde há suspeita da prática de aluguel, o permissionário original é contatado pelo locador e logo aparece. “Em cerca de meia hora eles estão lá e aí fica difícil pra gente confirmar essas denúncias”.

Protesto

Nesta semana, um grupo de comerciantes que teve suas barracas retiradas pelo poder público fechou o cruzamento da Avenida Ceará com a Marechal Deodoro, no Centro de Rio Branco, em protesto contra a derrubada das estruturas sem a contrapartida da prefeitura.

Eles disseram que não são contrários à revitalização do Calçadão da Benjamin Constant, mas que estavam manifestando contra o prazo de um mês dado pelo prefeito Tião Bocalom (Progressistas) para alocá-los em outro espaço.

“Poderiam ter começado a resolver primeiro essa questão da transferência para só depois retirar a gente de lá. Não podemos ficar 30 dias sem trabalhar, pois temos contas a pagar e filhos para sustentar”, disse uma manifestante, que também não quis se identificar por medo de sofrer represálias.

Na terça (18), a prefeitura deu início ao levantamento dos camelôs que foram prejudicados com a ação de derrubada. Segundo o chefe do gabinete militar, os trabalhadores somam cerca de 50. Alguns serão contemplados com espaço no Aquiri Shopping devolvidos por permissionários que desistiram do empreendimento.

Para os demais, a prefeitura ainda estuda uma saída para, em até um mês, aloca-los em outros pontos da cidade.

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