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Plano de obras da Energisa para 2021 avança e já tem média de 40% de execução

Por TIÃO MAIA, PARA CONTILNET

Foto: divulgação

As principais obras do programa de investimentos de R$ 747 milhões da Energisa para 2021 terminaram o primeiro trimestre com uma média de 40% de execução. São 81 iniciativas entre novas subestações, linhões de alta tensão, aumento de cargas e melhorias em unidades já existentes. Todas estão voltadas para a melhoria da qualidade e o aumento da oferta de energia para Rondônia e quase um terço delas estão ligadas diretamente ao programa de substituição das nove usinas térmicas a óleo diesel que serão desligadas esse ano.

O gerente de Gestão de Projetos, Bernardo Salgado Moreira, explica que a média de 40% não significa que todas as obras estão no mesmo estágio. Há projetos, como o das novas subestações de Buritis, Montenegro e Bom Futuro, todos no entorno de Ariquemes, que já estão entrando na fase final. Nesses casos, para o início da operação, é importante que os novos linhões e toda a infraestrutura que vai desviar a energia para essas regiões estejam prontos.

“As três subestações têm cerca de 65% das obras já realizadas. Já os linhões têm média de 60%. Algumas infraestruturas complementares dependem da chegada de equipamentos e da liberação de unidades e áreas compartilhadas para obras, mas está tudo dentro do prazo”, garante.

Segundo o gerente da Energisa, a empresa acompanha todos os prazos, desde a aquisição de terrenos para novas subestações, liberação de faixas de servidão e licenciamento ambiental até a entrega de materiais que só serão instalados na etapa final. Muitas dessas iniciativas começaram no ano passado.

“A receita para tirar a obra do papel em meio a uma pandemia, seguindo todos os protocolos de saúde, com fortes chuvas e temporais em alguns meses e seca e queimadas em outros, é planejamento e gestão. Negociamos com centenas de fornecedores, proprietários de terras, órgãos públicos. Todas essas frentes são acompanhadas para evitar cenários adversos”, conta.

Para se ter ideia da grandiosidade do plano de obras, serão erguidas mais de 2 mil torres de energia de 20 metros de altura ao longo de 900 km, a mesma distância de Humaitá até Vilhena. Com isso, 24 localidades serão integradas ao Sistema Interligado Nacional (SIN), o mesmo que abastece de energia a maioria dos brasileiros, mas cuja falta de abrangência em Rondônia era compensada pela energia dos sistemas isolados, abastecidos por térmicas a óleo diesel.

De acordo com o cronograma, as subestações começam a entrar em operação no segundo semestre gradativamente. “Um plano de obras dessa magnitude é desafiante, mas estamos certos de que vamos concluir com êxito. Energia é um grande vetor de crescimento, para atração de empresas e geração de empregos. Sabemos o quanto isso é importante, especialmente no cenário de recuperação econômica pós Covid”, completa Moreira.

Road Show

A região de Ariquemes está recebendo mais de R$ 260 milhões em obras e melhorias da rede elétrica para aumentar a capacidade energética. O anúncio aconteceu durante o primeiro Road Show promovido pela Energisa, realizado nesta segunda-feira (17) de forma online, e considera dados de 2019 a 2021. O montante engloba também novas subestações, linhões e novas ligações de energia em Ariquemes, Bom Futuro, Monte Negro, Buritis e Campo Novo. Filipe Lima, gerente de manutenção da Alta Tensão da Energisa, destacou que os investimentos permitem a instalação de novas indústrias, comércios e até preveem o aumento populacional. “A cidade e Rondônia pode crescer, que a rede de energia elétrica vai suportar e viabilizar o crescimento. A gente já está vendo novas empresas se instalando nos municípios”, frisou.

Os primeiros resultados já estão perceptíveis à população que agora tem energia disponível por mais tempo, conforme completou o gerente de Assessoria e Planejamento, Bernardo Moreira. “Em Ariquemes já houve melhoria de 63% no fornecimento, ou seja, cerca de 5 horas a mais quando comparado com 2019”, declarou. Monte Negro é o ponto central para integrar Buritis, Campo Novo e o distrito de Santa Cruz ao Sistema Interligado Nacional de fornecimento de energia. O município recebeu R$ 66 milhões de investimentos para modernizar a rede elétrica. Já para Buritis são R$ 49 milhões e Campo Novo são R$ 18 milhões, de 2019 a 2021, sendo a maioria em expansão da rede elétrica para chegar até aos novos clientes e a construção de uma nova subestação que será energizada no segundo semestre desse ano.

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