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PM recém empossado fornece arma a mulher e ainda filma tiro na rua

Por LÚCIO BORGES ORTEGA - CORRESPONDENTE MS

Fachada do prédio da Corregedoria da PM-MS

CAMPO GRANDE (MS) – Um soldado de 29 anos, da PM-MS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul), recém formado, poderá perder seu cargo, que assumiu oficialmente somente a 10 dias. O servidor público pode ter se auto incriminado, porque ainda foi se exibir nas redes sociais, ao dar sua arma funcional para uma mulher, que estava com ele em via publica e ela ainda atirou. Tudo ficou gravado em video abaixo, exibido no Instagram dela, com mais de 19 mil seguidores. O fato chegou à Corregedoria da PM, que abriu procedimento para investigar a ação do policial.

O PM e mulher podem responder até por crime inafiançável, como se descreve, veja abaixo, a Lei do Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. Ele foi formado há 10 dias, e agora soldado está sendo investigado por entregar a pistola ponto.40 recebida da força de segurança pública a uma mulher, que gravou vídeo fazendo disparo, em ação que ocorreu na noite da última sexta-feira (28).

No sábado a noite a arma do PM foi apreendida. A acusação se enquadra em crime de ceder, emprestar a arma que tinha em sua posse (em razão do cargo PM), sem autorização e em desacordo com determinação legal

O video abaixo, mostra noS Stories do Tik Tok, que primeiro é possível ver a jovem fumando narguilé com outra mulher. Depois, o próximo vídeo é ao lado de um homem com uma tatuagem no braço, dentro de veículo em circulação, ao som de música sertaneja. Outro stories é publicado e nele a mulher segura a pistola, aparentemente na janela do carro, e dispara para o lado de fora, em lugar escuro. O ângulo indica que foi o motorista o responsável por filmar.

Na postagem, ainda é usada a hashtag “primeirotiro”. Na sequência, a arma aparece no colo dela, vestida de vermelho.

“Primeirotiro” chegou Corregedoria da PM

A irresponsabilidade, exibicionismo e crime do recente soldado, pelo video da mulher, foi um sucesso e chegou até a própria Corporação. Ao tomar conhecimento do fato, a Corregedoria da PM (Polícia Militar) identificou o policial e abriu investigação administrativa. E fez arma ser apreendida.

O soldado acabou de começar o estágio probatório, como passa todo servidor público, e corre o risco de nem ficar na Polícia  Militar. As regras para entrar na PM estabelecem a realização de levantamento da vida civil e criminal, no período entre o curso de formação e o estágio, com duração de três anos. “O estágio probatório que o militar tem após concluir o curso de formação considera justamente a vida civil e criminal”, diz o corregedor da PM.

No inquérito específico da Corporação, também existe a possibilidade de prisão. Já na área criminal comum, o caso é cabível de enquadramento “Cedeu, emprestou a arma que tinha em sua posse (em razão do cargo PM), sem autorização e em desacordo com determinação legal”. Outra tipificação, para ele ou para moça é de disparo de arma de fogo.

Nota – “A Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul informa que já foi instaurado procedimento para investigar as circunstâncias dos fatos”, informou em nota a corporação sobre o caso.

Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido

Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do agente.

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