O prefeito de Manaus, David Almeida, decretou situação de emergência devido a cheia do Rio Negro. A medida foi publicada no Diário Oficial do Município desta quinta-feira (6). O decreto terá vigência de 90 dias.
Nesta quinta, o nível do Rio Negro atingiu a cota de 29,30 metros, segundo o site do Porto de Manaus. Isso significa que o nível do rio está apenas 67 centímetros abaixo da cheia histórica de 2012, quando houve o pico de 29,97 metros.
Segundo o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), a previsão é de que neste ano o nível do rio chegue até a 30,35 metros, ultrapassando a cheia histórica de 2012.
No dia 30 de abril, o nível do Rio Negro atingiu a cota de inundação severa, de 29 metros, segundo o Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Seis dias depois, o aumento já foi de 30 centímetros.
Cota de inundação: 27,50m
Cota de inundação severa: 29m
Cota prevista em 2021: 30,35m
Maior cheia 2012: 29,97m
Quando as águas atingem a cota de inundação significa que alguns bairros da capital começam a alagar, como é o caso de ruas no Centro de Manaus. O bairro Mauazinho, na Zona Leste de Manaus, é um dos pontos mais afetados.
Em Manaus, ao menos 15 pontos e 5 mil famílias são monitorados pela Defesa Civil. Na capital, três bairros já receberam 600 metros de pontes de madeira. A previsão é chegar a dois quilômetros, conforme a subida do rio.
Maiores cheias nos últimos 119 anos
2012 – 29,97m
2009 – 29,77m
1953 – 29,69 m
2015 – 29,66m
1976 – 29,61m
2014 – 29,50m
1989 – 29,42m
2019 – 29,42m
1922 – 29,35m
2013 – 29,33m
Atribuições
Pelo decreto nº 5.078/2021, que institui a situação de emergência em Manaus, a Casa Militar fica autorizada a adotar as medidas necessárias ao mapeamento dos riscos e minoração dos efeitos da cheia do rio Negro, entre elas, planejar, organizar, coordenar e controlar medidas a serem empregadas durante a situação de anormalidade causada pela enchente.
Divulgar à população as informações necessárias sobre a situação emergencial e o resultado das ações para controle dos efeitos da cheia do rio Negro em Manaus, além de adotar os meios necessários para implantação do plano operativo para a cheia.
Além da Casa Militar, os demais órgãos da esfera municipal – que integram o Comitê Especial de Enfrentamento das Cheias Fluviais do Município – também ficam corresponsáveis pelo enfrentamento das ações de mapeamento e controle dos efeitos da cheia do rio Negro.