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PT não vai punir Jonas Lima por retirada de nome da CPI da Educação na Aleac

Por TIÃO MAIA, PARA CONTILNET

O deputado Jonas Lima, do PT, não sofrerá nenhuma punição partidária por ter retirado seu nome da lista dos proponentes da criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa para apurar possíveis irregularidades na Secretaria de Educação. Lima deve ser o segundo deputado a tomar a decisão. O outro foi Fagner Calegário, do Podemos.

A retirada dos dois nomes já inviabiliza o requerimento, uma vez que o Regimento Interno da Assembleia exige que requerimentos para CPIs devem ser feitos por um terço do total de membros da Casa, composta de 24 deputados. Logo, o requerimento tem que conter no mínimo oito assinaturas. Há, ainda, a possibilidade de um terceiro nome sair da lista: a da deputada Antônia Sales (MDB), que estaria sendo aconselhada pelo marido, o ex-prefeito de Cruzeiro do Sui Vagner Sales a retirar seu nome em nome da unidade partidária, já que o MDB compõem o governo de Gladson Cameli.

A não-punição ao deputado petista Jonas Lima foi anunciada na manhã desta quarta-feira (12) pelo presidente regional do partido, Cesário Braga. Segundo ele, o PT sabe da importância e quer a instalação d CPI, mas não punirá o deputado, apesar de ser rigoroso em casos assim, porque o partido não fechou questão em relação à CPI.

“Ressaltamos que não houve fechamento de questão sobre a pauta em debate, pelo partido. Sendo assim, as decisões de cada deputado são de caráter individual. É nesse sentido que deixamos claro que respeitamos a posição do deputado estadual Jonas Lima, que retirou sua assinatura do pedido de CPI”, disse o presidente em nota distribuída.

“O PT é um partido democrático e plural, que respeita às posições de seus membros. Quando há deliberações da direção, estas tem de ser seguidas. Quando não há, seus parlamentares são livres para seguir suas convicções”, acrescentou.

Braga disse ainda que, apesar do recuo de um de seus dois deputados na Assembleia em relação à proposta, o PT continua a defender a necessidade da CPI da Educação por compreender que é um instrumento legítimo do parlamento para auxiliar os órgãos de controle que já vêm apurando os indícios de prática de supostos ilícitos.

A verdade é que Jonas limas não será punido por ter declarado que iria retirar seu nome e, se houvesse represália da direção partidária, ele se desfiliaria. “Estou em fim de carreia mesmo”, teria dito a amigos. Lima não deve mais e candidatar à reeleição e sair da vida pública. Ele vem de dois mandatos.

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