Agora é pra valer: o MDB é parte do governo Gladson Cameli (Progressistas) e vai buscar espaço para a indicação do candidato a vice-governador em 2022. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (6), na sede do partido, pelo deputado federal Flaviano Melo, que preside a sigla, e o senador Márcio Bittar, encarregado de costurar o retorno da legenda ao governo.
A bancada emedebista na Assembleia Legislativa (Aleac), formada por Roberto Duarte, Meire Serafim e Antonia Sales, que têm atuado de forma independente, não participou do ato. Os três assinaram o pedido de CPI que visa investigar suposto escândalo de corrupção da Secretaria de Educação,Cultura e Esporte (SEE).
Segundo Flaviano, a decisão do MDB de migrar para o governo não vai afetar a liberdade de atuação dos parlamentares. “O partido é maior que eu, que o senador Márcio Bittar e que os deputados. No que diz respeito à pandemia, por exemplo, independente de qualquer coisa, o MDB está com o governo e vai trabalhar alinhado ao Gladson”.
Para Bittar, o desejo da agremiação de manter a aliança com o governo é o “leito natural do rio. Estivemos juntos na eleição do Gladson e continuamos unidos agora, sobretudo nessa situação grave de pandemia. O momento pede calma e equilíbrio”.
Atualmente, o partido tem apenas uma secretaria no governo, a de Produção e Agronegócio (Sepa), comandada por Neném Junqueira, que não é filiado ao MDB e estava no PSL até ser nomeado pelo governador por indicação de Bittar.
Flaviano afirmou que o partido vai mostrar na Sepa a forma do MDB de trabalhar e que isso vai motivar o governador a ampliar o espaço da sigla no governo.
Ao ser questionado sobre se o MDB tem interesse em formar chapa com Gladson em 2022, Márcio Bittar foi categórico ao dizer que sim. “Temos, claro. Um partido desse tamanho é legítimo que tenha. Eu falo há dois anos que é natural que o MDB busque, pelo seu tamanho, história e prestígio, estar com Gladson na chapa majoritária”.